A partir do dia 24 de agosto, o artista plástico Roberto Galvão está expondo sua produção mais recente na mostra “Sertão Galvão”. A abertura acontece 50 anos depois de sua primeira exposição individual realizada na mesma casa que recebe agora seus novos trabalhos, o Museu de Arte da UFC. A partir das 9 horas, com a mostra se estendendo até 18 de outubro.
Tendo a curadoria de Saulo Moreno, expografia de Túlio Paracampos e apresentação de Regina Raick, a exposição se compõe de trabalhos em aquarela sobre papel e pintura acrílica sobre tela, entre outras técnicas. Mais de 60 obras foram realizadas a partir de 2023, em tamanhos que variam de 15cm por 20cm, a 5,10m por 1,60m.
“Neste ano, 2024, o mesmo em que a nossa querida Universidade Federal do Ceará, a mais antiga do Estado, completa 70 anos de funcionamento, assim como a nossa Pró-Reitora de Cultura celebra o seu primeiro ano de existência na estrutura organizacional, o Museu de Arte da UFC reabre suas portas a um artista que atravessa a nossa história, nosso acervo artístico e vivencia, há 60 anos, o universo da arte de forma intensa e nas suas mais diversas camadas e dimensões”, diz a museóloga Graciele Siqueira, diretora do Mauc.
“Nos anos seguintes, Galvão construiu uma carreira sólida e que se espraiou em várias frentes: ao fazer artístico, aliou a atuação como pesquisador, historiador, curador, arte-educador, gestor e, antes de tudo, um artista que plantou sementes que hoje formam um jardim fecundo e potente”, lembra o museólogo Saulo Moreno, curador da mostra.
“Ao celebrar os seus 60 anos nas Artes é impossível não fazer esse exercício de memória. Entretanto, não pensem que estamos falando de passado, somente. Antes de tudo, tratamos aqui de presente e de futuro ou, mais precisamente, de nosso devir, individual, coletivo e social. Toda memória só existe pelo trabalho, ou seja, pela dedicação, pela ativação contínua de processos complexos de lembrar e esquecer. Galvão conecta essas várias temporalidades e ao apresentar-nos a sua produção mais recente, convoca-nos à esperança e ao contínuo exercício da persistência e do sonho”, destaca.
O Artista
Os desenhos a grafite, lápis de cor e nanquim com bico de pena de metal, que já criava aos seis ou sete anos de idade, foram o ponto de partida para o artista cujo nome cruzou fronteiras. As artes de Roberto Galvão já foram vistas em exposições coletivas realizadas no Brasil e em outros países, entre os quais Argentina, Cuba, Uruguai, Estados Unidos, Espanha, França, Alemanha, Polônia e Bulgária, e individuais em Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Teresina, Palmela (Portugal), Paris (França), Madri e Barcelona (Espanha).
Bacharel em História e Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará, ao longo de sua carreira como artista, Roberto Galvão também dedicou bastante tempo e esforço na atividade de historiador da Arte, pesquisando, tomando notas e escrevendo algumas impressões sobre o movimento das artes no Ceará. Foi também gestor na área da cultura, ocupando alguns cargos na gerência pública e da classe artística.
“Permanentemente, quase por toda minha vida adulta, fui militante defensor da importância da educação estética e artística no desenvolvimento da capacidade cognitiva das pessoas. Nesse sentido, sempre tive interesse pela história, pela produção artística, pela culinária, que considero uma Arte, e pelos processos de arte/educação”, destaca.
SERVIÇO
*Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará – MAUC – Avenida da Universidade, 2854 – Benfica, Fortaleza
Visitação – De 24 de agosto a 18 de outubro de 2024.
Horário – Das 9 às 13 horas
Acesso: Gratuito
Mais Informações: (85) 3366-7481.