“ROE – Qual a sua importância e como interpretar?” – Por Fabiano Mapurunga

Falaremos hoje deste indicador financeiro que é bastante utilizado no cotidiano de algumas empresas e que merece uma atenção especial. O ROE serve para avaliar a rentabilidade de uma empresa tendo como base, o capital investido pelos acionistas, demonstrando assim quanto de lucro é gerado para cada unidade monetária investida.

Então poderemos informar que o ROE – Returnon Equity, ou em nosso bom português, Retorno sobre o Patrimônio Líquido, é um indicador que mensura a capacidade que a empresa possui de gerar lucro com os recursos investidos pelos acionistas.

Importante colocarmos que nenhum indicador financeiro deve ser avaliado isoladamente, será necessária uma avaliação conjunta com outros indicadores como o ROIC (Return on Invested Capital), o ROI (Return on Investment) e o ROA (Return on Assets), para que possamos ter uma visão mais nítida e coerente sobre a saúde financeira de uma empresa.

Como se calcula o ROE?

Sua fórmula de base é:

ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido x 100

Para explicar de forma prática, imagine que uma empresa tenha obtido um lucro líquido de R$ 250 mil e o seu patrimônio líquido seja de R$ 1 milhão. Logo, o ROE dessa empresa será:

ROE = 250.000 / 1.000.000 x 100 = 25%

Isso significa que, para cada real investido pelos acionistas, o grupo gerou 25 centavos de lucro. Esse é um ROE considerado positivo, pois indica uso eficaz do capital dos acionistas.

Contudo, para fazer uma análise mais aprofundada, é importante comparar o ROE de uma empresa com o de outras do mesmo setor e verificar se o resultado é consistente ao longo do tempo.

Qual o valor de ROE pode ser considerado bom?

Para responder a esta pergunta precisaremos levar em consideração o setor que a empresa atua. Segmentos como tecnologia e serviços financeiros, têm tendência a ROE mais elevado. Enquanto

outros setores que são mais intensivos em capital, como manufatura e energia, costumam apresentar ROE mais baixo em função da sua forte necessidade de investimento em ativos físicos.

Agora vejamos que: ao se perguntar qual seria o ROE ideal, precisamos considerar o setor, a economia local e as estratégias de crescimento da empresa. Importante também, se os expressivos retornos não estão sendo ocasionados por uma alavancagem excessiva, o que pode redundar em riscos futuros, principalmente se estiver alavancado no curto prazo e com custo de capital acima do retorno dos ativos.

E se o ROE estiver baixo?

ROE baixo, sinal de dificuldades que a empresa vem enfrentando em gerar lucro com o capital dos acionistas.

Fatores que podem estar contribuído para a redução do ROE:

· Baixa eficiência operacional;

· Elevada alavancagem financeira;

· Investimentos em projetos que ainda não estão gerando retorno.

Porém, antes de avaliarmos um ROE baixo como sendo um sinal negativo, precisaremos levar em consideração se a empresa está em fase de crescimento, pois estas podem estar fazendo reinvestimento de lucros no processo de expansão.

Alguns grupos empresariais que tem forte investimento em pesquisa, inovação e desenvolvimento, acabam trocando a lucratividade de curto prazo, por lucros mais consistentes no futuro.

Fabiano Mapurunga é Mestre em Administração de Empresas com ênfase em Finanças pela Unifor, Pós-Graduado em Gestão de Negócios pelo INSPER, MBA em Gestão Financeira e Controladoria pela FGV, MBA em Agronegócios pela USP/ Esalq e Graduado em Administração de Empresas pela UFC. Possui experiência de 23 anos na área de Finanças Corporativas. Atualmente trabalha com inovação e consultoria financeira para empresas nacionais, além de se dedicar a novos negócios e investimentos. É professor universitário em cursos de Pós Graduação e autor de vários artigos

Fabiano Mapurunga: Fabiano Mapurunga é Mestre em Administração de Empresas com ênfase em Finanças pela Unifor, Pós-Graduado em Gestão de Negócios pelo INSPER, MBA em Gestão Financeira e Controladoria pela FGV, MBA em Agronegócios pela USP/ Esalq e Graduado em Administração de Empresas pela UFC. Possui experiência de 23 anos na área de Finanças Corporativas. Atualmente trabalha com inovação e consultoria financeira para empresas nacionais, além de se dedicar a novos negócios e investimentos. É professor universitário em cursos de Pós Graduação e autor de vários artigos.

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