A data de 3 de junho é marcada pela celebração do Dia Mundial da Bicicleta. E apesar de possuir 427,9 km de ciclofaixas, ciclovias, ciclorrotas e passeios compartilhados, Fortaleza ainda está longe de ser uma cidade segura para os ciclistas, que estão entre os mais vulneráveis no trânsito.
Sancionada em 2022, a Lei Municipal 11.279, que institui a Área de Proteção ao Ciclista de Competição (APCC), nunca saiu do papel. A norma, oriunda do projeto de lei nº 450/2021, de autoria do vereador Léo Couto (PSB), busca não só promover um ambiente seguro para os ciclistas de competição, mas também fortalecer a convivência harmoniosa entre veículos e bicicletas, especialmente durante os treinos.
Leo Couto destaca que Fortaleza é conhecida por ser um celeiro de atletas de ciclismo e triatlon, com competidores que possuem reconhecimento nacional e internacional. “No entanto, apesar destes avanços, a prática esportiva com bicicletas ainda carece de uma infraestrutura adequada para garantir a segurança e a eficiência nos treinos dos nossos atletas”, lamenta ele.
A APCC, conforme detalhada na lei, seria composta por trechos de no mínimo dois mil metros lineares em cada sentido, totalizando um percurso de quatro mil metros lineares. Durante o funcionamento da APCC, os cruzamentos e retornos nos canteiros centrais seriam temporariamente interrompidos, minimizando o impacto no trânsito de veículos, mas garantindo um espaço seguro para os ciclistas.
A ideia, destaca Leo, é que inicialmente sejam criadas duas APCCs, com horários e dias de funcionamento definidos pelo órgão de trânsito competente, garantindo ao menos quatro dias semanais com duas horas de treino por dia.
Para o parlamentar, vice-líder do bloco de Oposição na Câmara Municipal, este é um passo crucial para consolidar Fortaleza como uma cidade que valoriza e incentiva o esporte, criando condições favoráveis para que nossos atletas possam se preparar adequadamente para competições de alto nível.
O vereador reforça que é imprescindível que a Prefeitura cumpra seu papel e transforme essa lei em realidade. “Nossos atletas merecem treinar em condições dignas e seguras, e a cidade de Fortaleza deve honrar seu compromisso com o esporte e com a mobilidade urbana sustentável. Não podemos aceitar a inércia quando a segurança e o desenvolvimento de nossos ciclistas estão em jogo. É hora de agir, é hora de implementar a APCC”, destaca Leo.