Em suas últimas entrevistas e postagens, o prefeito Sarto voltou a martelar o discurso de hegemonia do PT. Apesar das inúmeras tentativas, não existe justificativa plausível capaz de fazer o PT abrir mão da sua história, popularidade e voto. Abdicar da disputa da quarta maior capital do país é o mesmo que negar sua essência política junto à sociedade.
É evidente que a narrativa de hegemonia não passa de estratégia de cúpula para desviar o foco central dos problemas de uma Fortaleza mal cuidada, escura, com péssimo atendimento à população e inúmeros bolsões de miséria.
Vamos aos fatos:
Sarto sustenta os piores índices de rejeição entre os prefeitos de capital – fruto de um trabalho que só começou no último ano do mandato.
A narrativa de prefeito da periferia, de tão inverídica, se tornou um meme instantâneo.
O que no início de sua gestão eram flores e não havia qualquer incômodo com o alinhamento entre prefeito e governador, agora vale como discurso de uma Fortaleza rebelde.
Temos que avisar:
Sarto, para tentar se viabilizar, endividou a máquina administrativa e o próximo gestor pegará uma Prefeitura quebrada financeiramente.
Enfim, insistir na tese da hegemonia serve apenas para desviar o foco dos verdadeiros problemas da cidade e da necessidade de construção de um novo projeto para Fortaleza.
Acrísio Sena é historiador