Um “tigrão” na hora de impor o maior percentual de aumento do país na passagem de ônibus e de cobrar a taxa do lixo a famílias humildes, mas uma “tchu tchuca” com empresários, quando oferece terrenos públicos de Fortaleza a preços abaixo do valor de mercado.
A comparação sobre o prefeito Sarto foi apontada pela oposição no Legislativo Municipal, ao denunciar que o gestor de Fortaleza estaria entregando terrenos públicos à iniciativa privada, por até 30% abaixo do valor praticado pelo mercado imobiliário.
De acordo com os vereadores Gabriel Aguiar (Psol) e Léo Couto (PSB), o município foi lesado em cerca de R$ 32 milhões, com terrenos desafetados em Messejana, Castelão, Cambeba e Luciano Cavalcante.
Já o líder do prefeito Sarto na Câmara Municipal, vereador Iraguassu Filho (PDT), disse que os dados apresentados pela oposição são “fake news”, mas não mostrou nenhum estudo no campo imobiliário. A vereadora Adriana Nossa Cara (Psol) classificou a postura do líder do governo de “irresponsável”, que aponta “fane news” sem mostrar o que seria a verdade.
Pior foi a defesa de Sarto pelo vereador PPCell (PSD), que usou a tática bolsonarista “E o Lula? E o Lula?”, ao falar que a esquerda apoiaria ocupações feitas pelo MST, mas não a venda de terrenos. A postura de PPCell, aliás, é contraditória à orientação de seu partido, que se coloca na oposição à atual gestão de Fortaleza.
Derrota no Plenário
Em dezembro do ano passado, a proposta de desafetação de terrenos públicos de Fortaleza, em troca de compensação financeira, foi rejeitada em votação no Plenário da Câmara Municipal, por 16 votos a nove, além de duas abstenções.