O dito “há algo de podre no reino da Dinamarca”, da obra “Hamlet”, de William Shakespeare, reflete o esvaziamento de pessoas relacionadas ao ministro Camilo Santana e ao governador Elmano na gestão Naumi Amorim, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Sem motivo aparente, o engenheiro Francisco Quintino Vieira Neto deixou no início do mês a Secretaria de Infraestrutura por vontade própria. Na semana passada, foi a vez de Dimas Matias da Silva, que saiu da função de adjunto do Desenvolvimento Rural, pasta comandada pelo filho do prefeito, Rodrigo Amorim, que não possui qualificação ou experiência da área.
Enquanto profissionais qualificados deixam a atual gestão de Caucaia, pessoas próximas ao prefeito Naumi ganham espaço, não por competência, mas pela cumplicidade e pela defesa do gestor.
É o caso do presidente da Autarquia Municipal de Trânsito de Caucaia (AMT), Carlinhos Gomes, homenageado nesta terça-feira (23) pela Câmara Municipal de Caucaia. Há quase cinco anos, o dirigente da AMT foi preso em flagrante em uma operação da Polícia Civil contra a compra de votos, quando o grupo que contava ainda com o irmão de Naumi, Miguel Carolino Amorim, foi detido com mais de meio milhão de reais no dia da votação do segundo turno, vencido pelo então candidato Vitor Valim.
Além de Carlinhos Gomes, que na época era apenas o vice-presidente da AMT, e de Miguel Amorim, também foram presos o então secretário de Patrimônio, Assis Medeiros, e o então subprocurador do município, Antônio Uedson da Silva.
Trabalha para educar
Em seu discurso na homenagem desta terça-feira, proposta pelo presidente da Câmara, Tanilo Menezes, e subscrita pela vereadora Germana Sales, Carlinho Gomes disse que trabalha para “educar e salvar vidas”.
(Colaboração do jornalista Nicolau Araújo)