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Sem intimidade com estratégia militar, Carmelo questiona operação da PF contra Bolsonaro

Carmelo Neto e Jair Bolsonaro

No início dos anos 1810, o poderoso exército francês, com mais de 610 mil soldados e 1.420 canhões, adentrou na Rússia sem sofrer uma única baixa ou disparar um único tiro. Seria evidente a dedução que os russos temeram as tropas de Napoleão e bateram em retirada, diante de uma iminente derrota.

Pouco mais de dois séculos, um grupo de militares brasileiros apontou que haveria fortes indícios de fraude na eleição que definiria o comando no país e, mesmo após se mostrar inconformado com o resultado das urnas, deixou o “inimigo” eleito escolher, um mês antes de assumir o Palácio do Planalto, os novos comandantes da Marinha e da Aeronáutica. É de fácil dedução, que o grupo jamais seria capaz de tramar um golpe de Estado.

É com essa singela avaliação de estratégia militar que o deputado estadual bolsonarista Carmelo Neto (PL) se mostrou indignado com a operação deflagrada nesta quinta-feira (8), pela Polícia Federal, que resultou em busca e apreensão em desfavor do ex-capitão do Exército Brasileiro e ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, além de generais e outros militares. Bolsonaro, inclusive, teve que entregar o passaporte, enquanto generais tiveram conversas expostas sobre um movimento golpista.

“Fato capaz de por fim a qualquer narrativa: a pedido de Lula, em dezembro de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro nomeou os escolhidos de Lula para comandar Marinha e Aeronáutica. Como que um presidente da República, antes de deixar o cargo, nomeia os escolhidos pelo sucessor e, ainda assim, quer dar um golpe de Estado? Alguém consegue me explicar?”, postou Carmelo Neto, em suas redes sociais.

A resposta que o jovem deputado estadual cearense procura pode estar em algum livro sobre estratégias militares ao longo dos séculos, entre elas a do poderoso exército napoleônico na Rússia, quando mais de 550 mil soldados das tropas francesas sucumbiram no rigoroso inverno russo.

Não era medo, era estratégia. Não era espírito democrático…

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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