Categorias: Economia

Senado debate abertura do mercado de gás natural no Nordeste

O mercado de gás natural no Nordeste foi tema de debate, nesta semana na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Por solicitação do senador Laércio Oliveira (PP/SE), foi realizada audiência pública com as participações de representantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da empresa Infra Gás e da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro).
A Audiência analisou o interesse da empresa Mitsui nas distribuidoras nordestinas e sobre possíveis violações às determinações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em relação à abertura do mercado de gás. Segundo o senador sergipano, o interesse da Mitsui de aumentar a sua participação em cinco distribuidoras de gás canalizado do Nordeste tende a reforçar a concentração do mercado de gás. Ele defende a revisão dos acordos de acionistas e dos contratos de concessão das concessionárias estaduais, em meio às mudanças societárias no setor. O representante da Mitsui não participou da audiência.
O risco de concentração acontece devido a possibilidade de a Mitsui Gás e Energia exercer o direito de preferência sobre as ações da empresa Compass em cinco distribuidoras – de Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, assumindo participação majoritária, direta e indiretamente. Como parte do compromisso com o Cade, a Compass acertou, em 2022, a venda dessas cinco operações para a Infra Gás e Energia.
O advogado cearense, Roberto Lincoln, que participou da audiência na condição de representante da Infra Gás e Energia, advertiu que “se exercido o direito de compra pela Mitsui, ao invés de desconcentração no mercado de gás será proposta a concentração, assim como ocorria quando a Petrobras era a controladora”.
Acerca desse tema, o governador Elmano de Freitas (PT), sancionou, na semana passada, uma lei que impõe limites à participação de capital estrangeiro em empresas públicas. Na prática, isso impede a Mitsui de comprar mais ações da Cegás. A nova legislação cearense abre espaço para a revisão do acordo de acionistas da Cegás, ao anular cláusulas que contrariem o “pleno exercício do poder de gestão pelo Estado nas instâncias deliberativas da empresa”.
Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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