Aos 68 anos de idade, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, poderá se aposentar da base governista, nesta terça-feira (29). Não pelo INSS, mas por causa do INSS.
É que Lupi se encontra pressionado pelas denúncias de fraudes contra os aposentados do INSS, principalmente depois que admitiu que sabia da existência das irregularidades, há quase um ano, mas que teria demorado a tomar providências. Agora, o ministro alega que não poderá responder por erros de terceiros.
Não seria a primeira vez que Carlos Lupi seria afastado por corrupção no cargo de ministro. Em 2011, à frente da pasta do Trabalho no governo Dilma Rousseff, Lupi foi demitido sob denúncias de irregularidades em convênios firmados com Organizações Não-Governamentais (ONGs).
O atual escândalo veio à tona, na semana passada, diante de uma operação deflagrada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF), contra um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
A ida de Lupi à Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara Federal, a partir das 14 horas, já estava programada antes da denúncia da fraude no INSS contra pensionistas e aposentados. Assim também como na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado, a partir das 15 horas.
A pauta é sobre a greve dos peritos médicos do INSS, mas isso não impede que deputados e senadores cobrem de Lupi as explicações sobre as fraudes.
PDT ameaça
O líder do PDT na Câmara Federal, deputado Mário Heringer (MG), avisou que se o governo demitir Lupi estará demitindo o PDT, pois o partido não fará nenhuma outra indicação.
(Blogdoeliomar com Agências)