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“Tarifaço – Lula e as lágrimas de crocodilo” – Por Nicolau Araújo

Nicolau Araújo é jornalista

“E quem pensa que agora poderá comer aquela picanha, não deverá ficar surpreso se encontrar lagosta em sua mesa”, aponta o jornalista Nicolau Araújo

Confira:

Quem conhece a história do presidente Lula, sabe que não há uma “alma viva” sem defeitos. Mas morredor ele não é, principalmente quando já se está na praia. Lula fez da fome a fartura, do sofrido vocabulário a linguagem do povo, do improvisado palanque sindical os três mandatos presidenciais, do tarifaço norte-americano o melhor caminho à reeleição.

Quando Lula chora ao lado de produtores e empresários brasileiros, diante do tarifaço de Donald Trump, são “lágrimas de crocodilo”, parte da primeira fase do projeto à reeleição com uso do percentual de 50% sobre os produtos brasileiros a serem exportados para os Estados Unidos.

Lula esbraveja uma iminente perda de empregos na indústria, quando há muito castiga o setor. Esperneia junto ao agronegócio, quando quase nada faz para conter a disparada dos preços nos supermercados. Impõe o medo na sociedade, enquanto empunha a bandeira do nacionalismo, quando, ao mesmo tempo, derruba o sentimento de patriotismo, enraizado no discurso da direita.

Como resultado, Lula já conseguiu uma ainda leve recuperação em sua imagem, mas importante no avanço sobre os “patriotas ideológicos”.

Com a cobrança do tarifaço, já nesta sexta-feira, 1°, Lula dará início à segunda fase do projeto à reeleição com uso do percentual de 50% sobre os produtos brasileiros a serem exportados para os Estados Unidos: a queda gradual dos preços dos produtos com uma maior oferta no mercado interno.

O café, a laranja, a castanha, a carne… logo terão reflexos de preços mais acessíveis nas prateleiras dos supermercados e feiras.

E quem pensa que agora poderá comer aquela picanha, não deverá ficar surpreso se encontrar lagosta em sua mesa.

Sim! Com a taxação de Donald Trump, o mercado interno é a solução para o setor de pescado, que em sua quase totalidade sequer produz o que negocia.

E em meio a essa fartura, haverá, sim, perdas irreparáveis. Como os produtores de manga de Petrolina, no sertão pernambucano, quando não ficará um pedaço de chão sem a fruta apodrecendo.

Mas não haverá, no entanto, uma “alma viva” a não reconhecer, em ano eleitoral, o responsável pela queda dos preços dos alimentos no Brasil.

Trump, não! Lula…

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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