A coletividade é um bom caminho para a formação do público leitor. O perfil Tear de Histórias @teardehistorias surgiu da iniciativa das escritoras Yvonne Miller e Luciana Braga pela necessidade de permanência e visibilidade do gênero crônica.
“O perfil surgiu em 2018 como coletivo de crônicas nordestinas. O objetivo é conhecer mais cronistas Brasil afora e dar visibilidade ao gênero crônica que, em muitas chamadas, concursos e editoras não tem vez” explica Yvonne Miller.
Atualmente o coletivo tem 17 integrantes, a maioria do Nordeste e (mais especificamente) de Fortaleza. As organizadoras contam que faz parte dos planos para 2024 abrir a primeira chamada para seleção de novas cronistas na página.
Costurar palavras é missão para a jornalista e escritora Kelly Garcia há alguns anos.
“Escrever é exercício, prática. Estar em um coletivo como esse proporciona tanto o estímulo para escrever mais, como também trocar experiências com outras escritoras que também gostam do gênero crônica, que tem perdido espaço nos últimos anos. E ainda tem o bônus de ser mais lido. O feedback dos leitores é precioso. É um privilégio estar nesse grupo“, conta Kelly Garcia.
A jornalista e também escritora Juliana Marques escreveu a crônica Sorrir deixa Marcas, publicada pelo Tear de Histórias e que eu compartilho com vocês:
Há alguns anos esbarro com o Sérgio, um cara feliz, que vende bombons na esquina da avenida Juscelino Kubitschek com a rua Eudorado. Nos segundos parados no semáforo, ele distribui simpatia, enquanto repousa as suas guloseimas nos retrovisores dos carros, na esperança de que aquele será um dia bom para as vendas.
Uma vez, presa no engarrafamento, ele desejou o seu tradicional bom dia e disse que estava extremamente feliz. Eu pensei quase sorrindo que aquilo não era novidade.
“É que acabou de nascer um filho meu“, disse todo orgulhoso.
A mulher e o bebê estavam na maternidade, ainda iam receber alta. À época, eu queria ser mãe, mas aquela ainda parecia uma realidade tão distante de mim. Fiquei feliz com a alegria daquele homem e tentei disfarçar os meus olhos marejados com a novidade.
Não durou o tempo da troca entre o sinal amarelo e o vermelho, a vida passa ligeiro demais.Troquei de emprego e de carro, me tatuei, engordei, o mundo enfrentou uma pandemia e o Sérgio… Bem, ele continua lá, faça chuva ou faça sol, vendendo os seus bombons na esquina sempre dizendo: “alegria, alegria, meu povo!”, como se precisasse convencer.
Estamos envelhecendo, Sérgio e eu. Ando percebendo as linhas do tempo, nele e em mim. Sorrir também deixa marcas, Sérgio. Hoje eu sei.
Desejo vida longa ao Tear de Histórias! Costumo dizer que a leitura e a escrita curam, salvam e libertam.
Croffle com gelato de doce de leite
A padaria artesanal Molino @molinopadariaartesanal fechou uma parceria com a Bellucci Meireles e Riomar, que está disponibilizando para os clientes o CROFFLE COM GELATO DE DOCE DE LEITE, caramelo de pistache e pedaços de laranja Bahia. Ainda não experimentei, mas acho que cai bem com um cafezinho!
Falando nisso, a Molino é finalista do prêmio de melhor padaria artesanal de Fortaleza na sétima edição do Melhores Sabores da Cidade. A concorrência é fortíssima:
🏆Grão D’Alino
🏆 Padoca Les Roches
🏆 Pâine
🏆 Cheiro do Pão
Das concorrentes, conheço a Pâine. A disputa será acirradíssima. Para quem é sua torcida?
Só digo uma coisa: O melhor jeito de torcer é tomando um cafezinho.
Se você tem alguma dica de cafeteria, manda um email pro contato@naoprecisoserfake.com.br
Até semana que vem!