“Tempos de ‘Galos e Quintais’, diria Belchior” – Por João Teles de Aguiar

João Teles é professor e historiador. Foto: Arquivo Pessoal.

Com o título “Tempos de ‘Galos e Quintais”, diria Belchior”, eis artigo de João Teles de Aguiar, professor e historiador e integrante do Projeto Confraria da Leitura. “Como deve ser prazeroso, para o rurícola, contar com alimentos na despesa sem o medo que eles possam ter agrotóxicos, veneno. Alimentar-se de algo que não vai lhe fazer tanto mal. Que esse tipo de programa se estenda, Estado afora, para a alegria do sertanejo e do morador das pequenas e até médias cidades”, expõe o articulista.

Confira:

Eis uma boa ideia, amigo leitor: produzir alimentos saudáveis, mais perto das pessoas. Ali, ao redor de casa ou ao alcance de quem planta e cuida. Que bom! Esse tipo de ação deveria ser abraçado por toda a comunidade, por toda a sociedade.

“Os quintais produtivos e a alimentação saudável, proporcionados pelo Projeto Paulo Freire, contribuem para redução das comorbidades, apontadas como algumas das principais causas do agravamento de sintomas nos casos de contaminação pela Covid-19. Esta é uma das conclusões de Christhyane Aquino, nutricionista e professora da Universidade Federal do Ceará, e de Flaviana de Lima, coordenadora da Rede de Feiras Agroecológicas e Solidárias de Sobral.”, diz do Governo do Estado, de 12 de junho de 2020

Como deve ser prazeroso, para o rurícola, contar com alimentos na despensa sem o medo que eles possam ter agrotóxicos, veneno. Alimentar-se de algo que não vai lhe fazer tanto mal. Que esse tipo de programa se estenda, Estado afora, para a alegria do sertanejo e do morador das pequenas e até médias cidades.

“O objetivo do consumo dos alimentos”, diz a citada matéria: “é promover a saúde das pessoas. Se estou ingerindo produtos ricos em agrotóxicos, ou industrializados, esses alimentos certamente não vão me gerar saúde’, argumenta a professora Cristhyane”. Olha aí, a segurança do cidadão sendo garantida, pela produção caseira, com os cuidados de quem entende tão bem disso. É disso que tanta gente precisa, em um Estado em que tanta gente (ainda) passa fome.

Claro está que essa produção precisa respeitar e levar em consideração o meio em que é tocada:

“(…) é importante respeitar questões ambientais, culturais e econômicas e a troca de alimentos nas comunidades rurais fornecem variedades de nutrientes e vitaminas, que ajudam no combate às doenças crônicas (obesidade, hipertensão e diabetes).” Com certeza: respeitar o homem e o meio, em que ele está inserido, levando em consideração – sempre – seu bem comum. Afinal, é pra isso (também) que existe o Estado; ou deveria existir.

Que as autoridades estaduais (dos vários níveis) arregassem as mangas para tocar esse barco, que deve trazer resultados bem alvissareiros para tanta gente necessitada.

*João Teles de Aguiar

Professor e historiador, integrante do Projeto Confraria de Leitura.

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