Terceirizados que prestam serviços em escolas e outros espaços da Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza entraram 2025 sem salários e vale-alimentação. O problema teria origem na gestão do ex-prefeito Sarto (PDT) para a gestão Evandro Leitão (PT) resolver.
É o que apontam cerca de 200 desses trabalhadores, em reunião nessa quinta-feira (9), na sede do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação Locação e Administração de Imóveis Com. Cond. e Limpeza Pública do Estado do Ceará (Seeaconce), para debater a situação, reivindicar o imediato pagamento dos valores em atraso e buscar respostas pelas empresas contratantes de terceirizados para atuar na SME.
Em diálogo com representantes das empresas, o sindicato, dirigido por Penha Mesquita, buscou respostas das empresas Rent, Vespa, Fortal e Missão.
A empresa Mais Serviços, que também estava com trabalhadores com salários atrasados, realizou o pagamento. As empresas Fortal e Missão se comprometeram a realizar até esta sexta-feira (10) o pagamento, pelo menos, do vale-transporte, podendo vir a pagar também nessa data os salários atrasados. A Rent realizou o pagamento do vale-alimentação, com um dia de atraso, e se comprometeu a pagar o salário até esta sexta-feira.
Ficou acertada para hoje, às 11 horas, a realização e uma audiência de mediação no Ministério do Trabalho, com representantes da Prefeitura de Fortaleza e das empresas, além do Seeaconce e de trabalhadores que participaram da assembleia da manhã desta quinta-feira.
“Mais uma vez os trabalhadores e trabalhadoras mostraram força e lotaram a sede do sindicato, para exigir o pagamento dos salários e do ‘alimentação’ atrasados. Com essa presença dos trabalhadores, somos mais fortes para reivindicar que os pagamentos sejam feitos o quanto antes, como é de direito de quem trabalhou e que não pode esperar para colocar comida na mesa, pagar seus compromissos, quitar as contas para a sua sobrevivência e a da família”, ressaltou Penha Mesquita.
A sindicalista apontou ainda que o sindicato segue na luta para fazer valer o direito ao adicional de insalubridade para as merendeiras e para que seja ressaltada na convenção coletiva dos trabalhadores a obrigação de o vale-alimentação ser pago de uma só vez, no primeiro dia do mês.
“Essa obrigação já consta no texto da convenção, mas tem empresário se fazendo de desentendido e pagando por semana, e não de uma só vez, o vale-alimentação. Isso prejudica muito o trabalhador”, disse.