“Times cearenses dão presente de grego no Dia dos Pais” – Por Luiz Henrique Campos

No lance mais "perigoso" do Fortaleza, mas sem qualidade técnica, Mancha quase "quebra" o atleta do Botafogo e acabou expulso

Com o título “Times cearenses dão presente de grego no Dia dos Pais”, eis a coluna “Fora das 4 Linhas”, assinada pelo jornalista Luiz Henrique Campos.

Confira:

Apesar da bela lembrança das áreas de marketing de Ceará e Fortaleza por conta do Dia dos Pais, os resultados das duas equipes no Brasileirão deixaram muito a desejar e não ofereceram presentes aceitáveis aos genitores que torcem pelos dois times. Mais do que isso, reforçaram a preocupação em relação ao futuro das duas equipes na sequência do campeonato.

No caso do Fortaleza, apesar de já ter ouvido gente dizer que o time apresenta novo padrão de jogo com o técnico Renato Paiva, sinceramente, não vi nada de interessante nesse Fortaleza pós- Vojvoda. O time nem de longe lembra aquele tricolor aguerrido, que, além de buscar o gol o tempo todo, deixava sempre no torcedor a sensação de que a equipe estaria presente nos 90 minutos.

Com Paiva, são cinco jogos, 15 pontos disputados e apenas 5 ganhos, sendo que três partidas foram em casa. Poderíamos dizer que é cedo para analisar o novo Fortaleza, mas para quem se acostumou com o antigo, irá pairar sempre o fantasma daquele time que entrava em campo com espírito de vencedor e que, mesmo perdendo, deixava o agradável gostinho de que lutou até o fim. Hoje, infelizmente, essa não é a vibe do Lion, um time que se mostra acuado, sem gana e sem oferecer esperança ao torcedor.

No que diz respeito ao Ceará, não fez nada além do que já faz nas suas partidas. Trata-se de time sem força ofensiva e aposta em uma bola ou duas para ganhar o jogo, dependendo de um chute certeiro, e que a sua defesa esteja em dia inspirado. No jogo contra o Palmeiras, cumpriu o planejado no primeiro tempo e até sonhou alto com o golaço de Lourenço abrindo o placar. Mas bastaram três minutos para o verdão virar o placar.

Jogar da forma como o Ceará joga será sempre um martírio para o torcedor, porque serão 90 minutos de pressão adversária e resta torcer pela sorte. Ao alvinegro, totalmente dependente de Pedro Raul e Galeno contra toda a defesa adversária, restou ontem se conformar em perder de pouco. Alguém irá dizer que o Ceará alcançou excelentes resultados nas partidas contra Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras nas últimas partidas, onde se apostava em derrotas, conquistando 4 de 9 pontos disputados. Ok, sem dúvida.

Mas, em um campeonato longo como o Brasileirão, da mesma forma que o time cearense foi feliz com os 4 pontos em três jogos contra times grandes, nada assegura favoritismo contra equipes médias ou pequenas do jeito que o alvinegro joga. E ai, basta perder três partidas seguidas hoje para o time riscar a linha da zona de rebaixamento. E convenhamos, essa ameaça ficará à espreita até dezembro.

*Luiz Henrique Campos

Jornalista e titular da coluna “Fora das 4 Linhas”, no Blogdoeliomar.

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