O 76º Salão de Abril, uma realização da Secretaria da Cultura de Fortaleza, será aberto às 18 horas desta quinta-feira, no Centro Cultural Casa Barão de Camocim. Com o tema “Despertar à Terra”, esta edição do Salão, aberto ao público, propõe uma reconexão com a terra e a preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural, destacando a relação intrínseca entre arte, natureza e memória.
“Como nos ensina o filósofo, ambientalista e líder indígena Ailton Krenak, ‘o futuro é ancestral’, e não é possível ‘adiar o fim do mundo’ sem que seja firmado um pacto coletivo de preservação. Somado a isso, a alegria de celebrar a vida e a obra de Júlio Santos, esse mestre cearense que há mais de 60 anos atua de forma tão fundamental nas Artes Visuais e, sobretudo, na vida dos cearenses, perpetuando a memória e fabulando novos futuros com seu singular legado de fotopintura”, destaca a secretária Helena Barbosa.
A edição dste ano ampliou os recursos de acessibilidade, fazendo com que a arte possa sensibilizar mais pessoas. Entre esses recursos, estão a audiodescrição de textos curatoriais, além da disponibilização, sob demanda, de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras). A programação também inclui atividades formativas, que ocorrerão até o fim de junho.
A exposição contará com a participação de 38 artistas nordestinos, trazendo uma diversidade de expressões artísticas. Entre as novidades desta edição, destaca-se a inclusão inédita da arte têxtil, expandindo ainda mais o leque de linguagens artísticas do Salão.
O público poderá apreciar obras em diferentes formatos, como instalações, performances, fotografias, desenhos, videoarte, colagem e escultura. A curadoria é assinada por Aline Ambrósio e Wes Viana.
*Confira a lista de artistas e trabalhos selecionados aqui.
Mestre Júlio Santos
Este ano, o 76º Salão de Abril presta uma merecida homenagem ao Mestre da Cultura Júlio Santos, um dos mais renomados artistas cearenses, cujos trabalhos em fotopintura celebram e resgatam as tradições culturais brasileiras.
Com sensibilidade e técnica refinada, Mestre Júlio transita entre processos químicos e digitais, ressignificando uma tradição marcada por apagamentos étnico-raciais ao restaurar imagens sem submetê-las ao branqueamento.
Diante do avanço da fotografia digital, o artista reinventou sua prática, dominando novas tecnologias sem abandonar a essência de sua arte, celebrando histórias e identidades silenciadas e garantindo a continuidade desse saber. Durante o evento, esse legado será celebrado com uma exposição especial, que trará à tona sua importância para a memória visual do Ceará.
Programação
18h – Abertura dos portões
18h às 18h30 – DJ Rapha Anacé
18h30 às 21h – DJ Negona
19h10 – Semeadouro, performance com Jéssica Cruz
19h30 – Cerimonial de abertura
20h – Abertura da exposição
SERVIÇO
*Centro Cultural Casa Barão de Camocim – Rua General Sampaio, 1632 – Centro)