“De pronto sustento ser ridículo cogitar-se de golpe, ou tentativa dele, em 8 de janeiro de 2023. (…) submetidos a agilíssimos processos, finalmente condenados (por “crime” de índole política) a longas sentenças, jamais aplicadas a estupradores ou traficantes de drogas”, aponta o advogado e professor Valmir Pontes Filho.
Confira:
Talvez a minha avançada idade, de braços dados com o bom senso, me estivesse a recomendar um prudente silêncio, muito próprio dos “isentões”. Mas meu irrequieto espírito – que o Criador ligou ao meu corpo desde a concepção – não se permite tal “confortável” e acovardada postura.
Ou faria já esta COMPARAÇÃO, ou não me perdoaria jamais, pois como disse LUTHER KING,“… o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Confesso que tais circunstâncias me afetam e abalam a consciência, o que me obriga a, em proteção da minha saúde mental, a desabafar.
De um lado, por via de extravagantes decisões judiciais, cujos motivos são irreveláveis e cuja motivação se mostra juridicamente pífia (senão bizarra), notórios corruptos e corruptores, traficantes de drogas e armas, ladrões de grande ou baixo coturno, imorais, desonestos e diversos surrupiadores do Erário SÃO SOLTOS (por “descondenação”, inexistente na ordem jurídica, ou via habeas corpus). Não só recuperam a liberdade de ir e vir, como a de se candidatarem a quaisquer cargos. Até mesmo a terem “devolvido” o dinheiro de que ilícita e imoralmente se apropriaram. Um escândalo!
Cesare Batistti, confesso assassino, restou liberto sem pagar por seus crimes na Itália. Os irmãos Batista, que deram apelidos irônicos a conhecidos beneficiários de propinas milionárias, retornam “leves e soltos” às suas imundas práticas empresárias e a firmarem novos contratos nababescos com o Estado brasileiro.
Isto me revira o estômago, a provocar-me insuportável “azia mental” (a doença é nova e parece não ter remédio)! O descontrole procedimental e meritório dos órgãos judicantes se tornou monumental, sem quaisquer peias ou gizamentos. O “influencer” maior, Sr. Alexandre de Moraes, age à tripa forra e instiga muitos magistrados a trilharem o mesmo caminho arbitrário.
Na sequência dessas solturas e “inocentamentos” estrambóticos, a de um ex-guerrilheiro, teórico-mor do sistema marxista (dito “progressista”) em implantação no Brasil, desbordou os meus limites de tolerância ética. Causou-me asco enxergar José Dirceu retomando seu mandato e sentado à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Ele foi condenado a mais de 30 anos de cadeia por corrupção, mas tudo fica como dantes no quartel de Abrantes.
D’outra banda, ameaça-se condenar (à prisão) um ex-Presidente por “liderar um golpe contra a democracia” (uma inverdade) e por se reunir com embaixadores estrangeiros (um mero dever funcional), a quem expôs o quanto era apoiado pelo povo e seus receios quanto às santificadas urnas eletrônicas. Ele e milhões de brasileiros alimentaram e alimentam idêntico sentimento, mas o medo de retaliações sumárias (ou não) fazem todos se quedarem emudecidos. Duas coisas parecem ser inquestionáveis neste mundo: a existência de Deus e as urnas do TSE … mas há quem duvide (impunemente, por enquanto) da primeira delas!
De pronto sustento ser ridículo (para dizer o mínimo) cogitar-se de golpe, ou tentativa dele, em 8 de janeiro de 2023. Primeiro porque a população estava nas praças “armadas” com bandeiras, tufos de algodão doce, sacos de pipocas e garrafas d’água… não com armas ou tanques, com tropas em prontidão. Estes, sim, estavam instruídos a levar ao cárcere centenas de mulheres, idosos, enfim, cidadãos inocentes que são alvo, ainda hoje, de abjetas prisões políticas (com sentenças absurdamente altas).
Armou-se uma vil e sórdida “armadilha” para avós, pais e mães de família, e até de passantes ou moradores de rua, levados (por ordem de um oficial do Exército, ao que consta) para sórdido “ginásio de concentração”. Após, para presídios e, submetidos a agilíssimos processos, finalmente condenados (por “crime” de índole política) a longas sentenças (jamais, porém, aplicadas a estupradores ou traficantes de drogas).
Os arruaceiros – isto restou provado claramente por fotos e vídeos já divulgados a fartar – instigados pelos radicais de esquerda e travestidos, desonrando-a, com a Bandeira Nacional, foram os que tiveram os ímpetos destruidores. Uns vândalos, adredemente preparados para cometer aquela balbúrdia.
Restaram estes, todavia, docilmente “recepcionados” por autoridades conhecidas e elevado patamar, todas em curioso “plantão” no Palácio do Planalto. Até água mineral lhes foi servida. Sabiam essas Excelências, previamente, do que ia ocorrer por lá, ou foi mero acaso ou triste coincidência?
Onde estava o suposto “líder” do ato golpista? Fora do país! Se houve um golpe, este foi anterior e “institucional”, praticado à sorrelfa, com a destruição contínua da inteireza constitucional e do Estado democrático de Direito. Uma eventual reação seria apenas um contragolpe, mas nem isto aconteceu.
Bolsonaro não cometeu crime algum… sequer uma contravenção penal. Mas foi e é perseguido de forma “implacável”, como disse o já citado “iluministro”, há tempos. É de tudo ele culpado, desde a morte de Caim à eleição do Trump (risos). Mas à posse deste não pode ir, por causa de um indiciamento num dos tormentosos e sinuosos inquéritos que não têm fim. Fugiria para onde, se aqui ele tem família, liderança política e popularidade inquestionáveis?
Condenado ele não foi, em instância alguma. Mas alguém que comprovadamente o foi, em três instâncias, por juiz singular, desembargadores e ministros (dez ao todo, se não estou equivocado), viaja, ludicamente acompanhado, para qualquer lugar do planeta às nossas custas (com cartão de crédito sem limites (1). Para tanto, deseja um palácio voador novo, dotado de cama de casal (foi o que ouvi dizer).
Sou um conservador de direita, anticomunista (um pleonasmo, não é?), heterossexual, defensor intransigente da liberdade (inclusive de quem pensa diferente de mim), branco, mas sem qualquer ranço discriminatório de cor da pele (2) ou de credos.
Desejo um Estado mínimo, sustentável e estimulador da livre economia, que controle seus gastos de forma responsável. Embora não tenha (ou queira ter) armas, sustento que todo cidadão de bem as possua (e as utilize em defesa própria ou de outrem).
Defendo os valores cristãos, os da família, nutro respeito à Bandeira e ao Hino do Brasil, sou contra o aborto, a sexualizão precoce das crianças, a identidade de gênero, a obrigatoriedade de sindicalização e de filiação a um partido político para alguém se candidatar. Quero menos tributação e mais competitividade para geração de emprego e renda e uma Universidade pública desideologizada, nas quais os mais afortunados paguem anuidades (3).
Quase adepto da reinstalação da Monarquia parlamentarista (a inglesa custa menos que os reis do stf daqui), pois o nosso Imperador (imagino que um notável parlamentar de hoje) exerceria o Poder Moderador, em ocasiões raras e previstas numa nova Constituição. Quero o voto livre e impresso, os presos cumprindo integralmente suas sentenças, uma justiça que não solte desabrida e infundadamente, em especial nessas nefastas “audiências de custódia”. Desejo câmeras nos presídios, não nas fardas dos policiais.
Sou defensor da soberania de Israel, cuja existência e domínio do seu território hão de ser preservados. Portanto, é legítimo o seu direito de se defender dos cruéis e sangrentos ataques Hamas, Hezbolah (grupos terroristas) e do Irã (Estado terrorista). Mas também a favor da criação de um Estado palestino cujo governo seja eleito legitimamente e sem interferências externas indevidas.
Aqui, defendo a plena autonomia federativa (política, administrativa e financeira) dos Estados e Municípios e das respectivas polícias (militar e civil), a serem fortalecidas, jamais substituídas por uma “milícia nacional”, bem própria dos regimes tirânicos. Desejo uma Força Armada profissionalizada, que defenda nossas fronteiras e, como dantes, a soberana integridade da Pátria.
MISTUREI ESSSES ASSUNTOS TODOS DE PROPÓSITO!
Se isto for ser “bolsonarista”, eu o sou, admito. E talvez “trumpista”, se lá votasse. Podem me chamar do que quiserem, apenas penso o que penso, sou como sou e espero em Deus não sofrer represálias por expressar meu pensamento.
Chega de idolatria à bandidagem, basta de impunidade, de totalitarismo judicial ideológico, de corrupção e desapreço à VERDADEIRA DEMOCRACIA. Tudo tem limite!
NOTAS:
(1) Sabem quanto o ex-Presidente gastou no cartão pessoal oficial? ABSOLUTAMENTE NADA!
(2) Não falo em “raças” porque, para mim, só existe uma: a HUMANA!
(3) A reitoria da Universidade Federal do Ceará deseja, de forma indecorosa e torpe, mudar o nome da “Concha Acústica” – dada merecidamente ao seu FUNDADOR, a um estudante marxista que foi lutar no Araguaia!
Valmir Pontes Filho é advogado e professor