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Uece e Iprede têm projeto selecionado pelo Criança Esperança

Alfabetizar mães e avós para ajudar na luta contra a desnutrição. Foto: Divulgação

“Vivendo e Aprendendo com as Histórias de Vida: processos de alfabetização de mulheres mães e avós de crianças assistidas pelo Iprede” foi um dos projetos selecionados pela campanha nacional Criança Esperança, promovida pela Rede Globo de Comunicação. O projeto cearense é resultado do convênio entre a Universidade Estadual do Ceará e o Instituto Primeira Infância (Iprede).

O Iprede tem como missão principal acolher e cuidar do desenvolvimento de crianças carentes, no entanto, foi percebido que a falta de domínio da leitura e da escrita das mães e avós dessas crianças interfere no acompanhamento do tratamento dos pequenos, além de interferir na participação dessas mulheres nas formações educativas e nos cursos de qualificação profissional que a instituição oferece.

Essa realidade impulsionou a elaboração do projeto de extensão, tendo à frente as professoras do curso de Pedagogia da Uece, Maria das Dores Souza e Mônica Abu-El-Haj. “O projeto foi inicialmente aprovado no colegiado do curso de Pedagogia, surgindo a partir do convênio que a Universidade tem com o Iprede, que nos colocou que uma das grandes necessidades do Instituto era um trabalho de alfabetização com as mães, porque ainda existiam mães que não sabiam ler e escrever. Que isso, de certa forma, gerava dificuldades para a integração delas no Iprede, nos projetos de formação profissional e também no acompanhamento dos filhos nas diversas ações necessárias aos cuidados da educação, da saúde e da formação geral das crianças”, explica a professora Dorinha, como é conhecida.

Assim, o projeto selecionado pelo Criança Esperança tem como objetivo oferecer a essas mulheres processos de alfabetização que promovam a aprendizagem da leitura, da escrita e da linguagem matemática na perspectiva da formação para a cidadania e para a compreensão sociocultural e política da realidade em que estão inseridas.

O projeto está em execução desde maio de 2024. As atividades de alfabetização são realizadas duas vezes por semana no Iprede, com a colaboração de estudantes bolsistas do curso de Pedagogia da Uece. Participam do atual processo 14 mulheres mães e avós de crianças assistidas pelo Instituto. São mulheres que, ao longo da vida, precisaram conciliar a necessidade de trabalhar, cuidar dos filhos e estudar; sobrevivendo em contextos de privações socioeconômicas e culturais, dificuldade de acesso e permanência na escola. A maioria das participantes apresenta passagens breves pela escola, com várias tentativas malsucedidas de permanência, situação que explica a condição de não alfabetizadas. De acordo com as coordenadoras, a maioria dessas mulheres relata experiências de trabalho iniciadas ainda na infância, realizando tarefas domésticas.

Em entrevista à TV Globo, a dona de casa Maria José da Silva falou sobre como o projeto Uece/Iprede tem feito a diferença em sua vida. “A leitura me dá sabedoria, eu posso estudar a Bíblia, que era o meu maior sonho!”. Mudança na vida também teve a dona de casa Irene Teixeira da Silva, que esperou 60 anos por uma oportunidade. “Eu queria muito saber ler. Eu não sabia de nada. Eu trabalhava em casa de família e quando eles me davam folga eu não queria, porque eu não podia sair na rua. Naquela época eu me sentia uma pessoa cega, sem enxergar. Agora eu ando na rua sozinha! Ler para mim significa liberdade”, comemora a participante do projeto.

O projeto é um dos 100 selecionados do País para serem beneficiados pelo Criança Esperança. O dinheiro arrecadado será utilizado para aquisição de material didático, uniformes e, principalmente, para oferta de bolsa de estudos para incentivar as mulheres assistidas.

Para o vice-reitor da Uece no exercício da Reitoria, professor Dárcio Italo Teixeira, o projeto é mais uma das formas da instituição cumprir o seu papel na sociedade. “A Universidade Estadual do Ceará tem como tripé o Ensino, a Pesquisa e a Extensão; e hoje, a Extensão está sendo uma das peças fundamentais na disseminação do nosso conhecimento como instituição de ensino superior. A universidade precisa sair dos seus muros para dar um suporte maior à sociedade e esse é um projeto de sucesso que, em conjunto com o Iprede, vem desenvolvendo um trabalho fabuloso para Fortaleza e toda a região metropolitana”, avaliou o gestor.

Clique aqui para assistir à reportagem da Globo.

Uece e Iprede têm projeto selecionado pelo Criança Esperança
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Comunicação UECE
ter., 1 de out., 14:36 (há 19 horas)
para Cco:mim

O projeto de extensão “Vivendo e Aprendendo com as Histórias de Vida: processos de alfabetização de mulheres mães e avós de crianças assistidas pelo Iprede” foi selecionado pela campanha nacional Criança Esperança, promovida pela Rede Globo. O projeto cearense é resultado do convênio entre a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o Instituto Primeira Infância (Iprede).

O Iprede tem como missão principal acolher e cuidar do desenvolvimento de crianças carentes, percebeu, no entanto, que a falta de domínio da leitura e da escrita das mães e avós dessas crianças interfere no acompanhamento do tratamento dos pequenos, além de interferir na participação dessas mulheres nas formações educativas e nos cursos de qualificação profissional que a instituição oferece.

Essa realidade impulsionou a elaboração do projeto de extensão, tendo à frente as professoras do curso de Pedagogia da Uece, Maria das Dores Souza e Mônica Abu-El-Haj. “O projeto foi inicialmente aprovado no colegiado do curso de Pedagogia, surgindo a partir do convênio que a Universidade tem com o Iprede, que nos colocou que uma das grandes necessidades do Instituto era um trabalho de alfabetização com as mães, porque ainda existiam mães que não sabiam ler e escrever. Que isso, de certa forma, gerava dificuldades para a integração delas no Iprede, nos projetos de formação profissional e também no acompanhamento dos filhos nas diversas ações necessárias aos cuidados da educação, da saúde e da formação geral das crianças”, explica a professora Dorinha, como é conhecida.

Assim, o projeto selecionado pelo Criança Esperança tem como objetivo oferecer a essas mulheres processos de alfabetização que promovam a aprendizagem da leitura, da escrita e da linguagem matemática na perspectiva da formação para a cidadania e para a compreensão sociocultural e política da realidade em que estão inseridas.

O projeto está em execução desde maio de 2024. As atividades de alfabetização são realizadas duas vezes por semana no Iprede, com a colaboração de estudantes bolsistas do curso de Pedagogia da Uece. Participam do atual processo 14 mulheres mães e avós de crianças assistidas pelo Instituto. São mulheres que, ao longo da vida, precisaram conciliar a necessidade de trabalhar, cuidar dos filhos e estudar; sobrevivendo em contextos de privações socioeconômicas e culturais, dificuldade de acesso e permanência na escola. A maioria das participantes apresenta passagens breves pela escola, com várias tentativas malsucedidas de permanência, situação que explica a condição de não alfabetizadas. De acordo com as coordenadoras, a maioria dessas mulheres relata experiências de trabalho iniciadas ainda na infância, realizando tarefas domésticas.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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