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“UFC Crateús e Labomar iniciam estudo sobre contaminação por agrotóxicos em peixes no Rio Poti”

Silvania Claudino é editora do Jornal O Sertanejo

“O estudo traz uma nova perspectiva quanto à segurança alimentar do sertanejo”, aponta a jornalista Silvania Claudino

Confira:

O campus da UFC Crateús e Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) iniciaram os estudos sobre contaminação por agrotóxico em peixes no Rio Poti nos distritos de Ibiapaba e Oiticica, pertencentes ao município. “O estudo é pertinente porque as referidas regiões estão dentro de área de preservação ambiental, APA Buqueirão, e jusante, a ações de mineração no município de Quiterianópolis, as escalações urbanas do município de Crateús, as obras do Lago de Fronteiras e a várias iniciativas de agricultura a margem do rio Poti”, destaca a professora Janaina Lopes Leitinho, uma das coordenadoras do trabalho de pesquisa.

A parceria celebrada entre o Laboratório coordenado pelo Professor Rivelino Cavalcante, Laboratório de Avaliação de Contaminantes Orgânicos (LACOr/Labomar/UFC) e, o Núcleo Integrado de Pesquisa e Inovação da UFC Crateús , NIPI fortalece as ações de pesquisa da UFC Crateús e amplia os estudos iniciados com metais pesados em 2017. A professora Luisa Gardênia também atua na coordenação.

Conforme a coordenadora Leitinho, o estudo traz uma nova perspectiva quanto à segurança alimentar do sertanejo que convive com a seca e faz uso direto das águas do Rio. “É importante relatar que, na região do distrito de Ibiapaba, pescadores já relatam terem encontrado peixes com olhos diferentes. Esta alteração, a priori sem explicação por falta de estudos, é um indício preocupante quanto a qualidade da água na região e consequente reflexo no meio aquático. É bem verdade que esta contaminação é antropogênica e pode ter diversas origens a serem estudadas”, diz.

Um fator determinante a ser observado é que, o Rio Poti, em seu percurso no estado do Ceará é um rio intermitente, e no período de seca, a poluição pode ser agravada pela evaporação acelerada da água afetando a sua qualidade. O aumento das concentrações dos poluentes disponibilizada para peixes favorece uma maior absorção e consequente maior acúmulo nos órgãos.

A população mais afetada é o usuário direto do rio que se utiliza da água e dos peixes para fins alimentares. A contaminação indireta é também factível, uma vez que é comum a presença de animais de médio e grande porte fazendo a dessedentação às margens do rio.

Silvania Claudino é jornalista e editora jornal O Sertanejo (www.osertanejoonline.com)

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