UFC emplaca duas propostas em chamada pública de programa do MCTI

Fachada da Reitoria da UFC. Foto: Arquivo

Duas propostas da Universidade Federal do Ceará foram aprovadas em chamada pública do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT).

Por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o governo federal disponibilizará R$ 1,5 bilhão em recursos orçamentários para pesquisas nacionais de alto impacto científico e tecnológico. Desse investimento, a UFC deve receber mais de R$ 26 milhões.

Na região Nordeste, das 24 propostas aprovadas, apenas quatro são lideradas por pesquisadoras (Ceará, Piauí, Paraíba e Pernambuco).

Primeiro projeto

O projeto INCT T-Bio2: Biodescoberta Translacional e Biomodelos, coordenado pela professora Cláudia do Ó Pessoa (UFC), é um dos contemplados. Cláudia é pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC. Em parceria com a professora Maria Lucia Zaidan Dagli, da Universidade de São Paulo (USP), o projeto visa estabelecer uma plataforma pré-clínica inovadora, integrando ciência de ponta e colaboração internacional para acelerar o desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas no combate ao câncer.

A coordenadora afirma que o INCT T-Bio2 irá posicionar a pesquisa da UFC na vanguarda da inovação em saúde no país. “Nosso objetivo é impulsionar o desenvolvimento de novos insumos farmacêuticos ativos (IFAs), conectando a produção científica ao setor produtivo da indústria farmacêutica nacional. Assim como valorizar a biodiversidade brasileira como fonte incontestável de novas moléculas promissoras para a saúde”, explica Cláudia.

O INCT T-Bio2 propõe o desenvolvimento de biomodelos oncológicos, incluindo Oncopigs geneticamente editados, para a avaliação de fármacos e biofármacos anticâncer, com foco na promoção da medicina de precisão. A iniciativa integra tecnologias de ponta, edição genética, cultura celular 3D, tumoroides, além da aplicação da oncologia veterinária e comparada, com ênfase no estudo de neoplasias espontâneas em cães.

Segundo projeto

A segunda iniciativa da UFC contemplada é o projeto Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Biotecnologia Marinha (INCT BioMar). Sob coordenação do professor Alexandre Holanda Sampaio, do Departamento de Engenharia de Pesca da UFC, tem o objetivo de explorar a biodiversidade marinha brasileira de forma sustentável, buscando identificar, isolar e estudar biomoléculas com potencial biotecnológico para o desenvolvimento de novas terapias e produtos em biotecnologia e ciências biomédicas.

“A proposta do INCT BioMar é transformar a riqueza dos nossos mares em conhecimento, biotecnologia e saúde, sempre com responsabilidade ambiental, ética científica e compromisso com o desenvolvimento sustentável. Nosso foco inclui aplicações contra infecções bacterianas resistentes, câncer, diabetes, doenças negligenciadas, como a leishmaniose, e no desenvolvimento de curativos inteligentes”, explica Alexandre.

Segundo o coordenador do projeto, o recurso permitirá a consolidação do INCT BioMar como centro de excelência em biotecnologia marinha. Alexandre destaca que o valor será destinado ao fortalecimento da infraestrutura dos laboratórios participantes, bem como à formação de recursos humanos qualificados, com custeio de bolsas de iniciação científica, além de apoio a missões científicas dentro e fora do país. (Também com site da UFC)

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