A Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Núcleo de Medicina Tropical, participou da testagem da vacina contra chikungunya, aprovada neste mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Dos 750 voluntários para a testagem da vacina, entre fevereiro de 2022 a março de 2023, o Núcleo de Medicina Tropical da UFC acompanhou 150 pessoas.
“A vacina mostrou-se eficaz e segura, com poucas contraindicações e efeitos colaterais ínfimos, comuns a qualquer vacina, como dor de cabeça e no local da aplicação”, apontou o infectologista Ivo Castelo Branco Coelho, professor da Faculdade de Medicina e coordenador do Núcleo de Medicina Tropical.
Inicialmente, o imunizante está autorizado a ser aplicado no país, em dose única, na população de 18 a 65 anos.
O imunizante já havia recebido aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, após avaliação em quatro mil voluntários nesta faixa etária. Dos participantes do ensaio clínico, 98,9% produziram anticorpos neutralizantes, com níveis que se mantiveram robustos por ao menos seis meses.
No ano passado, o Brasil registrou mais de 265 mil casos prováveis da doença, com 243 mortes. Em mais de 50% dos casos, os pacientes desenvolvem dor crônica nas articulações. O vírus pode ainda causar desregulação em várias outras enfermidades preexistentes: Alzheimer, diabetes, doenças reumáticas e respiratórias.