Com o título “Um lamentável Marco Temporal”, eis artigo de Plauto de Lima – Coronel da PM do Ceará e Mestre em Políticas Públicas. Ele aborda o conflito entre Israel e o Hamas. Confira:
Nem tudo que reluz é ouro, diz o ditado. Ou seja, nem tudo o que a gente acredita que é, é verdade. E isso “cai como luva” na mão das pessoas que fazem parte dos grupos ditos “progressistas”. Como exemplo cito o conhecido brado “meu corpo, minhas regras”. Essa frase ideológica é aceitável quando uma pessoa quer abortar um ser conhecido. Porém, é inaceitável quando outra pessoa, sob o mesmo argumento “meu corpo, minhas regras”, recusa receber a injeção de um ser estranho. Diante disso, fica flagrante a incoerência aplicada.
Concordando apenas com aquelas pessoas de semelhante viés ideológico, constroem um existencialismo político que segrega opositores por meio de um extremismo intolerante ao contraditório. A incoerência esquerdista do momento é a posição pró terroristas do Hamas na guerra travada contra Israel. Só que dessa vez essa postura desmascara a sua face oculta.
Através de manifestações públicas, com a presença de velhos políticos de vieses marxista, trotskista e stalinista, juntamente com os seus seguidores, majoritariamente, compostos por não tão jovens universitários a beira do jubilamento, saem às ruas empunhando a bandeira da Palestina, bradando uníssono que o Estado de Israel é um Estado assassino. Tudo isso pautado conforme a realidade apresentada pelos intelectuais orgânicos dos partidos políticos, que ensinam verdades distorcidas sobre fatos históricos descontextualizados, compondo um cenário de solidariedade seletiva.
Nesses dias, ouvi de um desses intelectuais orgânicos a afirmação de que o Hamas ataca os israelenses porque busca a reconquista do território ocupado pelos judeus, após a criação do Estado de Israel, em 1947, pela ONU. Ora, questionar logo a ONU que, na época da pandemia, era utilizada como “verdade por autoridade”? Mas questionaram. E, ainda, utilizam o ano de 1947 como marco temporal de ocupação dos territórios da Cisjordânia, omitindo milênios de história. Como se não tivesse existido a diáspora judaica depois de Cristo (d.C) e os exílios dos hebreus antes de Cristo (a.C). A verdade é que aquela terra foi prometida e ocupada há milhares de anos, primeiramente pelo povo israelita, como está escrito.
Infelizmente, o que está por trás dessas bandeiras vermelhas, que ora ganham às ruas, mesmo sendo minoria, é um movimento antissemítico, semelhante ao ocorrido na Alemanha nazista. Eles acusam Israel de ser um Estado assassino, quando mais uma vez aquela nação se defende de um ataque covarde e irascível protagonizado por pessoas que buscam o extermínio do seu povo.
Observando essas manifestações, lamentavelmente, estamos testemunhando o surgimento no Brasil de uma nova linha de atuação desses grupos. Desta vez, uma esquerda nazista, antissemita e genocida.
*Plauto de Lima,
Coronel da PM do Ceará e Mestre em Políticas Públicas.
Uma resposta
Preciso e cirúrgico o retrato desta geração cega que dissemina ódio e idiotice, sob o aplauso dos que sobrevivem da corrupção e da imprensa vendida! Parabéns Plauto