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“Um X no Twitter”

Plauto de Lima avalia temas do interesse de uma cidade.

Confira:

Os últimos atos do Judiciário brasileiro refletem preocupações profundas sobre a erosão da democracia e da liberdade de expressão em um contexto que parece ser de crescente autoritarismo. Esse tipo de situação causa grande inquietação em qualquer sociedade democrática. Por isso, há a necessidade de um chamado para que a população fique atenta quanto à manutenção dos direitos fundamentais, essenciais para uma democracia saudável.

Em situações como essa, da restrição das atividades da rede social X (antigo Twitter), a sociedade civil deve se unir para defender a liberdade de expressão, o direito à oposição e a manutenção das instituições democráticas, sem vinculação a viés ideológico.

Essa escalada autoritária iniciou quando tiraram nossa confiança no processo eleitoral. Mas, como apenas pessoas com viés de direita reclamavam, ninguém levou a sério. Disseram que eram extremistas e golpistas e consentiram com as atitudes suspeitas de pessoas agindo em prol de um grupo político que fora despenalizado às vésperas do processo eleitoral.

Depois, cassaram parlamentares, elaboraram leis e reinterpretaram outras que passaram a vigorar de acordo com o pensamento dos supremos magistrados. Mas, como essa atitude autoritária ocorreu contra políticos conservadores que defendiam a vida desde a concepção e eram contrários à liberação do uso de drogas, logo os rotularam como pessoas que verbalizavam o “discurso de ódio”. A narrativa elaborada foi de que os excelentíssimos agiram como moderadores da nação. Eles gostaram do termo e foram avançando com a legitimidade progressista.

Em seguida, proibiram jornalistas de se expressar, desmonetizaram seus canais de comunicação, bloquearam suas contas, retiveram seus passaportes e os ameaçaram de prisão. Logo, noticiaram que eles não eram jornalistas, mas blogueiros, um termo cuidadosamente construído para diferenciá-los dos profissionais legitimados da comunicação tradicional, marginalizando aqueles que ousaram criar suas redes independentes de comunicação. Aplicando a censura por desinformação, abandonaram seus colegas jornalistas e apoiaram o uso da suprema mordaça.

Ocorreu que um crânio despido de pelos percebeu a queda das barreiras que equilibravam a democracia, sentiu-se inspirado por aqueles de espírito totalitário e aplicou o golpe que atingiu 22 milhões de brasileiros usuários da rede social X, demonstrando que sua ideologia é egocêntrica e sem limites, reais ou virtuais.

*Plauto de Lima

Cel RR PMCe e Mestre em Planejamento de Políticas Públicas.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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