“Vai preso sim, seu sem-vergonha. Já está!” – Por Marcelo Uchôa

Marcelo Uchôa é advogado e escritor

Com o título “Vai ser preso sim, seu sem-vergonha. Já está!”, eis artigo de Marcelo Uchôa, advogado, doutor em Direito Constitucional e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e do Grupo Prerrogativas.

Confira:

O capítulo Bolsonaro já entrou na história do Brasil como um dos mais dolorosos de todos os tempos. Não repetirei aqui o que foi dito, apenas comentarei que foi um período presidencial que iniciou precisando justificar por que o executor da vereadora Marielle
esteve, horas antes da execução, à sua procura em seu condomínio e terminou com a tentativa fracassada de um golpe de Estado.

No meio, escândalos com laranjas, virulência contra jornalistas, ataque à cultura, investida contra a educação, isolamento na política exterior, degradação do meio ambiente, sem falar nos escândalos de cocaína em avião da comitiva presidencial, nas joias roubadas e muita, muita violência política, inclusive de gênero.

Sem contar, também, com o escrete que levou para o Planalto. Uma combinação de imorais como Sérgio Moro, indigestos como Enrique Araújo, Weintraub, Damares e Pazuello (nas relações exteriores, educação, direitos humanos e saúde), vendilhões da pátria como os subordinados da economia, a começar pelo alucinado Paulo Guedes, além dos criminosos do gabinete do ódio liderados pela canalha imunda que criou dentro de casa, e um ajuntamento de militares das três forças armadas de dar nojo a qualquer nação.

Bolsonaro foi o caso clássico do indigno que jamais poderia ter sentado na cadeira mais importante da República. Um mentiroso tão compulsivo que até hoje há quem não acredite na facada, duvide de sua vacinação e da veracidade de seu casamento.

Durante a pandemia, enquanto brasileiras e brasileiros temiam a morte iminente ou choravam pelos seus, Bolsonaro se mostrou um monstro tão perverso que não deixou a população um dia sequer sem uma palavra de sarcasmo. Da insistência em prescrever remédios ineficazes à negação total dos riscos da pandemia, tudo o que pôde fazer, fez, para que gestores estaduais e municipais não conseguissem enfrentar o morticínio adequadamente.

No início, foi contra o auxílio emergencial. Depois, contra as medidas de isolamento. Desacreditou o Butantã, a Fiocruz. Desdenhou do uso de máscaras. Não apenas foi contra a vacinação, como massificou a ideia de seu risco. Defendeu o uso de medicamentos ineficazes. Buscou amealhar milhões com imunizantes mal-conceituados, segundo a CPI. Um horror!

Um homem de má índole. Tosco, por um lado; desumano, por outro. Grosseiro. O típico malandro dos recantos mais torpes do Rio de Janeiro, onde só a nata da escória frequenta. A Constituição, com seus 250 artigos e 138 atos de disposições constitucionais transitórias,
nunca foi pensada para um multidelinquente como Bolsonaro, que nem sabe, nem possui o menor interesse em cumprir a lei. Nem a Constituição originária, nem a transmutada com suas 128 emendas.

Bolsonaro tem uma delinquência tão inerente à natureza que tentou se livrar da tornozeleira eletrônica usando ferro de solda para fugir. Nada mais risível! Um facínora sem honra, sem dignidade, capaz de tramar as piores traições à pátria e depois jogar a culpa nos outros.

Capaz de se vangloriar da sua virilidade “imbrochável, incomível e imorrível” e, no dia seguinte, se esborrachar de chorar dizendo que não pode ser preso porque é idoso e doente.

Vai ser preso sim, seu sem-vergonha. Já está! Não sei se te disseram, mas o Brasil segue caminhando normalmente, com brasileiras e brasileiros saindo para trabalhar, democracia inabalável, instituições funcionando e todos acreditando que o país retornou finalmente aos
trilhos que tantos imaginaram impossível de voltar.

Poderia te recomendar muita reflexão nestes 27 anos e 3 meses de prisão (leitura não adianta, porque você só lê tuíte – quem sabe Chapeuzinho Vermelho ou João e o Pé de Feijão), mas só consigo pensar que você ainda precisa ser julgado e condenado pelos
crimes cometidos durante a pandemia de Covid-19. Você e os moribundos generaisHelenos da vida.

*Marcelo Uchôa

Advogado, aoutor em Direito Constitucional e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e do Grupo Prerrogativas.

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Uma resposta

  1. 1. Crime contra vereadora Marielle? Foi exaustivamente averiguado e não há registro de algo contra ele.
    2. Virulência contra jornalistas … degradação do meio ambiente? Isso ainda ocorre.
    3. Indigestos, gabinete do ódio, militares de dar nojo? Quanto ódio num só parágrafo.
    4. Não acreditar na facada? Médicos e Hospitais aceitariam uma farsa?
    5. gestores estaduais e municipais não conseguissem enfrentar o morticínio adequadamente. Em abril/2020 o STF decide, por unanimidade, que estados e municípios têm competência para adotar medidas de restrição de locomoção, como isolamento social e fechamento do comércio.
    6. CPI? que não permitiu chamar CARLOS GABAS.
    7. multidelinquente como Bolsonaro. É muito ÓDIO.

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