Com o título “Velhice e Moradia: Qualidade de Vida para os Idosos”, eis artigo de Cláudia Albuquerque Lordão, assistente social e mestra em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior.
A velhice é uma fase da vida envolta em preconceito e discriminação, refletindo uma percepção negativa sobre o envelhecimento. Segundo o IBGE, até 2030, cerca de 30% da população brasileira será idosa. Esse cenário exige adaptações nas políticas públicas, no mercado de trabalho e na forma como a sociedade lida com o envelhecimento, que traz consigo uma série de desafios, marcados por muitas mudanças físicas, emocionais e sociais.
Com o avançar da idade, comumente a saúde diminui, aparecem as doenças crônicas e a saúde mental passa a ser um fator preocupante. A perda de amigos e familiares, assim como a aposentadoria, pode causar solidão e isolamento social. Nesse contexto, as casas para idosos surgem como alternativa para aqueles que necessitam de cuidados especiais, que não conseguem mais viver de forma independente ou que buscam segurança, companhia, suporte e recreação. Esses espaços devem ser vistos não apenas como locais de cuidados, mas também de valorização, acolhimento e respeito.
A decisão de colocar um familiar idoso em uma dessas instituições, conhecidas como ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos), é emocionalmente complexa e desafiadora. Trata-se de um passo significativo, que pode ocorrer por iniciativa da família ou do próprio indivíduo. A necessidade pode surgir de cuidados intensos e constantes, com suporte médico e cuidadores disponíveis 24 horas, do isolamento social, uma vez que, à medida que os filhos crescem e saem de casa, o idoso fica sozinho e necessita interagir com outras pessoas, ou ainda pelo receio de quedas e demais acidentes domésticos, entre outros fatores. Embora possam ser vistas como um último recurso, muitas pessoas encontram nelas um ambiente seguro e acolhedor, permitindo que os idosos mantenham alguma autonomia enquanto recebem os cuidados necessários.
Para os familiares, essa escolha representa um alívio em relação ao estresse e a preocupação com o bem-estar do ente querido, sabendo que ele está em segurança e recebendo tratamento adequado às suas necessidades. Para o idoso, a convivência em grupo reduz a solidão, estimula novas amizades e proporciona uma rotina ativa, graças às atividades físicas, culturais, artísticas e artesanais oferecidas nesse modelo de moradia. Assim, esse tipo de residência atende a necessidades práticas e representa uma abordagem inovadora e benéfica para os idosos. Avaliar as diversas opções disponíveis e visitar as instalações garantirá a melhor escolha, fazendo toda a diferença na qualidade de vida do futuro residente. No final, essa decisão pode ser um passo positivo tanto para o idoso quanto para a família, promovendo felicidade e segurança em uma fase tão importante da vida.
Colocar um familiar idoso em uma casa especializada é uma decisão que deve ser considerada cuidadosamente, levando em conta suas necessidades e preferências. Avaliar todas as opções disponíveis e visitar as instalações ajuda a garantir a melhor decisão. Além disso, essa escolha pode aliviar a sobrecarga diária da família, permitindo que todos tenham um tempo de qualidade juntos. Ao final, o objetivo é assegurar que seu familiar tenha uma vida digna e satisfatória, cercado de apoio e carinho. Com uma abordagem cuidadosa e informada, essa decisão pode se transformar em um caminho
para um envelhecimento mais feliz e saudável.
Assim seja!
*Cláudia Albuquerque Lordão
Mestra em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior e Assistente Social.
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Excelente Artigo. O Idoso precisa ter um futuro com qualidade.
Excelente Artigo. O Idoso precisa ter um futuro com qualidade. Ok