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“Violência no futebol”

Plauto de Lima é coronel da reserva da PM e mestre em Planejamento de Políticas Públicas. Foto - Arquivo Pessoal.

Com o título “Violência no futebol”, eis artigo de Plauto de Lima, coronel da reserva da PM do Ceará e mestre em Planejamento de Políticas Públicas. Ele comemora a promessa de instalação de câmeras de reconhecimento facial na entrada dos estádios do Estado.

Confira:

O futebol é um dos maiores patrimônios culturais do Brasil e não podemos mais admitir qualquer tipo de violência que atinja torcedores, atletas, árbitros, dirigentes de clubes e, muitas vezes, pessoas inocentes, alheias ao futebol. Principalmente quando essa violência é causada por indivíduos que vão aos estádios apenas para praticar tumultos e crimes, devendo esses ser punidos com o máximo rigor da lei.

A rivalidade entre torcidas ganhou grande atenção da imprensa mundial, especialmente após os hooligans passarem a aterrorizar os estádios ingleses. No Brasil, apesar do advento do Estatuto do Torcedor, em 2003, que foi um avanço na busca pela paz nos eventos esportivos, esses conflitos entre torcedores continuam a ocorrer. Tal violência é praticada por integrantes de torcidas organizadas, que protagonizam esse cenário de horrores que já foi extirpado no velho continente.

Recorrentemente, nos jogos dos dois maiores clubes do Estado essa violência insiste em se manifestar. Cenas bizarras, como brigas generalizadas entre torcedores do mesmo clube, vêm causando pânico nas pessoas presentes nos estádios e fazendo com que muitos se retirem antes do fim do espetáculo desportivo. Sempre quando esses lamentáveis fatos tornam a ocorrer, as respostas são protocolares e com pouquíssimo efeito prático. Não demora muito e novamente os atos de violência, com os mesmos infratores, tornam a ocorrer. O que se segue é a leitura pelas autoridades desportivas de um texto já apresentado em casos pretéritos.

Todavia, desta vez, essas declarações vieram com a novidade de uma reunião ampliada, na qual várias autoridades se comprometeram a instalar câmeras de reconhecimento facial na entrada dos estádios. Não vai demorar para que essa ação se mostre ineficaz. Não porque a tecnologia não possa ser utilizada, mas porque uma medida isolada não resolverá a questão da violência no futebol, que é multifacetada.

*Plauto de Lima

Coronel RR da PM do Ceará e mestre em Planejamento de Políticas Públicas.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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