Com o título “Luizianne Lins, sim, à Prefeitura de Fortaleza”, eis artigo da jornalista e professora universitária Beatriz Furtado. Uma resposta ao artigo do jornalista Nicolau Araújo, veiculado ontem, neste espaço.
Confira
Causa-me indignação ler artigo publicado neste blog pelo jornalista, dito especialista em marketing político, Nicolau Araújo, que se insere no debate público sob o signo do desdém às manifestações de mulheres com longa e prestigiosa atuação, apesar do cenário marcadamente composto por homens brancos, misóginos e acostumados a um modo de fazer política a quilômetros de distância dos movimentos sociais.
Trata-se de um artigo marqueteiro, no pior sentido que podemos dar à violência no tratar a política como mercadoria e um jogo entre alguns grandes. Não é à toa que a imagem desse senhor o coloca numa posição de domínio frente a um jogo de xadrez onde as posições das pedras revelam submissão ao seu olhar. Na mira está a eleição do seu candidato: Evandro Leitão. Nesse jogo, ele tem a pretensão e o objetivo de extirpar a candidatura de Luizianne Lins à Prefeitura de Fortaleza. Para tanto, pretende o mesmo com outras mulheres, como Maria do Rosário (PT/RS), Carol Dartora (PT/PR), Adriana Accorsi (PT/GO), Natália Bonavides (PT/RN), todas pré-candidatas às prefeituras de suas cidades e que expressaram sua admiração por Luizianne Lins.
A desfaçatez, o insulto às mulheres são, no mínimo, falta de escrúpulo, se fosse apenas um jogo baixo. A recorrência à estratégia do jogo para a análise das disputas eleitorais aparece no texto como um grande achado da propaganda subliminar. É risível. Para completar, chama o Garrincha, que nunca disse o que disseram que ele disse, como outra pérola do velho e desgastado marketing colonial.
É preciso combinar com os russos apenas quando os planos não são coletivos, não têm raízes, não têm história, que o diga o Garrincha, do alto da sua maestria, um passarinho de pernas arqueadas e desiguais em tamanho.
Não tem combinação com os grandes, os “russos”, é preciso sair da posição de árbitro, cair nos campos de várzea e seguir com as forças da história. Só para não esquecer: Estava tudo combinado, com tudo e todos. Não vingou. Lula está Livre, babacas! Os que combinaram com os tais russos achavam que ganhariam o jogo. Hoje, estão na cadeia ou a caminho dela.
Luizianne Lins participa da política junto à defesa dos direitos humanos, dos movimentos sociais, indígenas, quilombolas, das mulheres, sindicais. Esse é o seu time.
Combinamos com as lutas, entre os que fazem a história, apesar das pernas tortas. Não vamos renunciar à defesa da vida. Vai ter Luizianne Lins candidata pelo PT às eleições municipais. O povo de Fortaleza sabe o que são os CUCAs, o Hospital da Mulher, a Vila do Mar, Vila das Artes…..
Não tem combinação a não ser com a luta por um mundo sem rasteiras. O mundo é começo, meio, começo, como bem nos ensinou Nego Bispo.
*Beatriz Furtado,
Jornalista e professora universitária.
Respostas de 5
A Luizianne tem que tomar chá de simancol! Não vê que não dá mais para ela, assim como para o RC, que acabou o centro com as ruas coloridas e também a Desembragador Moreira!
Não sabia que havia insultado minha esposa e quatro filhas, além de uma mãe morta. Todas respeitadas e com suas decisões próprias. Sobre políticas sociais, entendo eu: usuário do transporte público, filhos na escola pública (Alba Frota), atendimento em postos de saúde, filha operada no Frotinha de Antônio Bezerra (recusei oferta de amigos para hospital particular) e filantropo. Não ouse direcionar o meu voto, não foi assim que a professora ensinou. Sobre o xadrez, sim, tenho troféus e medalhas em torneios em quase todos os estados brasileiros. Não deveria opinar quem não conhece a filosofia do jogo. Sequer saberia movimentar um peão. Com relação a Garrincha, mais uma vez a professora ousa criticar o que não foi dito, atropelando o bom ensinamento do jornalismo em sala de aula. Não atribuí a frase ao grande ídolo botafoguense, embora muitos futebolistas assim apontam. Mas, sobre Garrincha, talvez a professora tenha razão. Eu não era nascido nessa época…
Mais uma, desta vez sobre etarismo.
Não vale responder.
Beatriz
🙏
O estatismo ficou evidente.