Com o título “Quando foi a última vez que você fez algo diferente?”, eis uma crôncia de Cynthia Rabelo, pedagoga, contadora de histórias e, atualmente, morando em São Luís (MA).
Confira:
Dia 23 de abril de 2024, uma querida amiga me convida para irmos à festa de Ogum.
Sempre tive vontade de conhecer as religiões de matriz africa.
E não, esse texto não é sobre religião.
Desde de muito cedo tive curiosidade sobre outras religiões, outras culturas, afinal, moradores de um planeta tão grande e diverso, é importante conhecer o máximo possível.
E nem é subterfúgio dizer que tenho amigos evangélicos, budistas, muçulmano, católicos, espíritas e ateus. Mas quando externava meu desejo de ir a um terreiro, sempre tinha alguém querendo que eu mudasse de ideia.
No meu entendimento, nada mais natural querer conhecer ou aprender sobre as origens do povo.
E foi com esse pensamento que aceitei na hora, esse convite a tanto aguardado.
Chegando no Terreiro, quanta alegria!
Eu, qual criança curiosa, vou entrando, procurando o melhor lugar para apreciar tudo que se apresentava aos meus olhos, e minha sensibilidade captava.
Além da música, fui me encantando com as pessoas, as mulheres, a maioria vestida de branco, vestidos bordados, saias rodadas, lenços nas cabeças, outras com lindas tranças, e tinha também quem deixava os cabelos soltos.
Pude observar que algumas pessoas tomavam respeitosamente a benção, se abraçavam, e se cuidavam, como foi o caso de uma jovem, que ao perceber que o pano bordado, que uma senhora trazia na cintura, estava escorregando, ela foi e arrumou.
Estava num templo, assim como nos que frequentava com meus pais, famílias inteiras; pais, filhos, netos e avós professando sua fé.
E como disse no início, esse texto não é sobre religião. É sobre aprendizado, respeito e fraternidade.
Que saibamos ver a beleza que é sermos plurais.
*Cynthia Rabelo
Pedagoga, contadora de histórias e, atualmente, morando em São Luís (MA).
Uma resposta
Comentário sobre o texto de Cynthia:
Sensibilidade extrema ao tratar de preconceitos arraigados. E o interessante é que a cronista o faz sem subterfúgios e com
Leveza ímpar!