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“Os sofisticados ‘golpes virtuais’ e a omissão do governo”

Irapuan Diniz Aguiar é advogado

Com o título “Os sofisticados ‘golpes virtuais’ e a omissão do governo”, eis artigo de Irapuan Diniz de Aguiar, advogado e professor.

Confira:

Com a popularização das transações ‘online’ e o aumento do uso de serviços digitais, os ‘golpistas’ têm buscado maneiras cada vez mais sofisticadas de enganar as pessoas. Os ‘golpes virtuais’, repercutidos
abusivamente nas mídias, revestidos de aparente credibilidade, têm causado sérios prejuízos financeiros aos usuários e comprometido suas seguranças e privacidades. As publicações vêm com fotos das logomarcas da Caixa Econômica, Banco Central, Serasa, etc. induzindo a população a acreditar numa possível existência de um crédito em benefício de correntistas e/ou clientes resultante da retenção de valores ‘esquecidos’ ou indevidamente cobrados.

O mais grave é a insistente convocação feita por figuras públicas de todos conhecidas como jornalistas, apresentadores de programas de televisão e políticos, os quais, de diferentes formas, induzem as pessoas a examinarem se
há saldo em seu favor, tudo dentro de uma orquestração preparada. Há, nas postagens, um ritual a ser seguido consistente no preenchimento de dados para, ao final, com a identificação do suposto crédito, o beneficiário, via PIX ou outra modalidade, providencie o depósito uma pequena quantia sob o argumento de que é uma taxa/indenização para a liberação do crédito.

À medida que o tempo passa e as tecnologias mudam, é indispensável estar ciente dos tipos de ‘golpes’ que estão se tornando mais proeminentes. Neste aspecto, cumpre citar o uso da Inteligência Artificial, do Whats-App, do PIX, do Phishing e do Investimento. A inteligência artificial há sido utilizada, cada vez com mais frequência, em atividades lícitas e complexas por sua eficiência. Disso, os criminosos têm se aproveitado para usar suas ferramentas para criar mensagens e interações que parecem genuínas, mas na verdade, são fraudulentas. Segundo recentes relatos, há ‘golpistas’ fazendo chamadas de vídeo em imagem e voz. Esses golpes podem envolver,
também, desde ‘phishing’ por e-mail, chamadas telefônicas automatizadas e até comandos por voz. Os tipos de ‘golpe’ pelo WhatsApp tem sido igualmente costumeiros, visto que o aplicativo possui ampla base de usuários e facilidade de comunicação.

Relativamente aos ‘golpes de phising’ eles se constituem uma ameaça significativa. Os criminosos enviam e-mails, mensagens de texto ou telefonemas fraudulentos, fingindo serem empresas legítimas, instituições financeiras ou órgãos governamentais. Na sequência solicitam informações pessoais, como números de CPF, senhas ou dados bancários, com o objetivo de roubar identidades ou cometer fraudes financeiras. Diante dessas ameaças, é essencial que se adote medidas proativas para proteger a população contra os ‘golpes virtuais’. Não basta mantê-la informada e atenta sobre as táticas utilizadas pelos ‘golpistas’. É necessário e urgente que o governo, através de seus órgãos (Caixa Econômica, Banco Central), emita uma NOTA OFICIAL alertando a população sobre as diferentes modalidades de ‘golpes’ que vêm sendo aplicados e, ainda, que os jornalistas, dentre os quais já citados nas
postagens, como William Waac, Ratinho, Celso Portiolli, Wiliam Bonner e outros se sirvam de seus espaços na TV para desautorizarem a utilização de seus nomes nessas fraudes, em função das graves e danosas consequências.

*Irapuan Diniz de Aguiar

Advogado e professor.

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