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“O Reino das Coisas Viradas”

Totonho Laprovítera é arquiteto e escritor. Foto: Reprodução

Com o título “O Reino das Coisas Viradas”, eis mais um conto da lavra de Totonho Laprovitera, arquiteto, escritor e artista plástico.

Confira:

“Arte e vida se misturam. Fantasia e realidade se acrescentam.” (Affonso Romano de Sant’Ana)

Pegando a espaçonave dos sonhos, eu e meu neto Antonio decolamos rumo ao universo da imaginação. No coldre do traje espacial, levávamos nossas armas: raios de palavras e números, prontos para nos ajudar a escrever histórias e contar aventuras. Nessa viagem, uma missão especialmente dedicada à princesa Gloria, vivemos uma experiência inesquecível.

Era uma vez, um cantinho da fantasia que ninguém sabia onde começava nem onde terminava. Lá, existia um reino encantado no qual os peixes voavam e os pássaros nadavam. Em uma mistura danada, nada se estranhava, pois naquelas bandas o tempo não existia e, no reino das coisas viradas, tudo se tornava eterno.

Os humanos, os bichos – até mesmo os dinossauros brincalhões – e as árvores viviam de luz. Por tanta fartura de claridade, se alguém quisesse, dava até para comer um pedacinho de raio de sol no café da manhã. Por isso, não havia bicho correndo atrás de outro para encher o bucho. Reinava a amizade, a bondade e a paz. A escuridão servia para lembrar a gentileza da luz e fazer o céu estrelado brilhar ainda mais bonito.

A bandeira do reino era verde, da cor da esperança. Não havia cercas nem muros, e a liberdade voava com o vento, passeando livremente. Os quatro elementos – água, terra, fogo e ar – eram os guardiões do reino, convivendo em harmonia, pois todos sabiam da importância de cada um e da força que tinham juntos. Deles, vinha tudo: o barro para construir as casas, as chamas para aquecer as noites frias, o vento para embalar as redes e a água para acabar com a sede e fazer brotar vida.

E tinha mais! Nesse reino, as pessoas não se limitavam a viver apenas com os cinco sentidos mais conhecidos. Sem saber como, a intuição era tão forte, ao ponto de valer em todas as decisões importantes. O povo respeitava as diferenças, porque sabia da majestade do equilíbrio. Misturava-se rock and roll com forró.

O maior tesouro do reino era a juventude eterna, guardada no coração das crianças de todas as idades, porque ninguém ali esquecia como era bom brincar, sonhar e acreditar em um mundo do jeito que a gente quer. Naquele lugar mágico, o impossível podia acontecer, desde que fosse para o bem de todos. E assim, viviam felizes para sempre, repartindo a verdadeira felicidade com todo mundo.

No Reino das Coisas Viradas, eu e Antonio vivemos momentos de aprendizado e diversão. Agora, vamos ampliar a tripulação para novas aventuras, talvez com a companhia do cosmonauta Ben, especialista em lugares gelados.

Esperemos o próximo capítulo!

*Totonho Laprovítera,

Arquiteto, escritor e artista plástico.

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