E na Semana Santa, o jornalista Nicolau Araújo oferece um de seus contos. Confira:
Há mais de dois mil anos, às margens do rio Jordão, um rico comerciante caminhava angustiado, pois não sabia como poderia servir a Deus.
Pensou que, talvez, Deus gostaria se toda a sua fortuna fosse transformada em pães para alimentar os pobres. Mas logo deduziu que, no dia seguinte, os pobres estariam novamente com fome e ele não mais teria dinheiro para comprar mais pães.
Então idealizou a construção de milhares de casas. Mas logo concluiu que não teria tamanha fortuna para isso.
No auge da sua angústia, o comerciante ouviu a voz de uma criança às suas costas:
– Tenho sede.
Por alguns segundos, o homem ficou paralisado diante da luz que irradiava em volta da criança.
– Tenho sede! Insistiu a criança.
O comerciante, então, caminhou até o rio e levou água em suas mãos.
A criança reclamou:
– A quantidade de água que pegaste para a minha sede, não é mais a quantidade que me ofereces, pois muito fora desperdiçado no caminho por entre os seus dedos.
O homem então olhou em volta e notou uma cabaça. E retornou do rio com a água.
A criança novamente reclamou:
– A água pura que colheste do rio, não é a que me ofereces agora, pois há impurezas na cabaça.
O comerciante então voltou a angustiar-se, ao não saber como proceder. A criança então falou:
– Servir a Deus é manter-se forte e puro para quando Ele de ti precisar para matar a sede do Seu rebanho.
Nicolau Araújo é jornalista
Uma resposta
Valeu!!! Boa Páscoa.