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“Sustentabilidade: menos discurso e mais ação”

Ernesto Antunes, consultor de empresas do Sebrae e Senai/CE. Foto - Arquivo Pessoal

Com o título “Sustentabilidade: menos discurso e mais ação”, eis artigo de Ernesto Antunes, consultor empresarsial do Sebrae e Senai do Ceará. “Um dos fatores que mais contribuem com a poluição atual são as emissões de gases, como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso( N2O), entre outros poluentes”, expõe o articulist.a

Confira:

Quando o assunto é sustentabilidade, nós nos lembramos que se trata da capacidade do uso consciente dos recursos naturais, sem comprometer o bem-estar das gerações futuras, encontrando o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. Esse conceito seria verdadeiramente apreciado e vivenciado se fosse colocado em prática pelos gestores públicos e por aqueles que pensam e planejam vivenciar um mundo melhor. Infelizmente, não é isso que ocorre, principalmente devido à desconexão entre o discurso e a realidade.

Um dos fatores que mais contribuem com a poluição atual são as emissões de gases, como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso( N2O), entre outros poluentes. O CO2 é emitido, por exemplo, pela queima de combustíveis ou pelo desmatamento, problemas que têm aumentado em nosso país em grande velocidade.

È o caso específico do aumento prejudicial e descontrolado de veículos de serviços de aplicativos de carona, contribuindo significativamente para trânsitos caóticos, poluição nos ares e a emissão de poluentes ambientais. Esse crescimento é resultado, em parte, da falta de oportunidades de emprego para algumas dessas pessoas e da ausência de eficientes sistemas de transporte público, como metrôs subterrâneos ou de superfície, que ainda não são uma realidade em Fortaleza, pois passam os governos em nível federal e estadual e parece que andar de metrô não é para a nossa geração.

Some-se a isso a ditadura vivida no asfalto, com 91% de toda a carga transportada no Brasil ser realizada pelo modal terrestre, contribuindo sobremaneira para a emissão de gases, pois não existem incentivos e interesse no modal ferroviário ou no marítimo no Brasil, considerados menos poluentes e de baixo custo. Impactos como esse, podem ser um dos fatores da tragédia no Rio Grande do Sul.

Além dessas questões, nos deparamos com discursos inflamados em relação ao hidrogênio verde, que para alguns especialistas ainda é muito incipiente e distante da realidade para frequentes alardes públicos, como se já estivéssemos vivenciando esse momento. A transição para fontes de energia renovável ou de baixo carbono precisa urgentemente se tornar uma realidade viável e imediata.

Outra preocupação em relação a sustentabilidade, é a ausência de um plano mais amplo para conscientizar a população sobre o tema. Recentemente, em meio ao bom inverno deste ano, estive na região de Inhamuns e alguns moradores disseram que se perde muita água nesse período chuvoso, pois os açudes são pequenos, se transformando em “açudes sonrisais”, transbordando na primeira grande chuva, desperdiçando a pouca água que cai na região. Esperamos que políticas públicas, sejam implementadas para aumentar ou construir novos açudes em locais tradicionalmente secos.

Portanto, torcemos para que os nossos gestores públicos enfrentem efetivamente esse problema, que vem se agravando com o tempo e que a população civil também faça a sua parte.

*Ernesto Antunes

Consultor Empresarial do Sebrae e Senai.

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