“Mulheres têm enfrentado desafios únicos no mundo do trabalho, elas dedicam mais tempo aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas, encaram dupla, tripla jornada, e aquelas que pertencem a comunidades de menor poder aquisitivo enfrentam obstáculos adicionais”, aponta a Mestra em Política Públicas, Cláudia Albuquerque Lordão. Confira:
O empreendedorismo feminino, especialmente entre mulheres de baixa renda, é desafiador e motivado por diversos fatores. Pela necessidade financeira, já que muitas são responsáveis pelo sustento da família, por não conseguir ingressar no mercado formal, ou se recolocar, por independência e liberdade (elas desejam se libertar de relacionamentos abusivos e buscam um caminho para seu sustento e de sua família), por flexibilidade de horário, para conciliar trabalho e cuidados com os filhos e a casa, entre outras razões.
Ao longo dos anos, mulheres têm enfrentado desafios únicos no mundo do trabalho, elas dedicam mais tempo aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas, encaram dupla, tripla jornada, e aquelas que pertencem a comunidades de menor poder aquisitivo enfrentam obstáculos adicionais. Apesar das dificuldades, muitas mulheres em situação de vulnerabilidade econômica demonstram uma incrível resiliência e determinação ao perseguir seus objetivos empreendedores. E assim, elas vão promovendo sua inclusão social e se tornam agentes de mudança em suas vidas e nas suas comunidades, além de aumentarem sua capacidade econômica.
È uma força transformadora que merece destaque. Essas mulheres enfrentam realidades muitas vezes violentas, opressivas e cansativas, e por meio do empreendedorismo elas entendem que são capazes de enfrentar as adversidades, trazendo confiança e autoestima para elas.
Tenho acompanhado de perto algumas histórias de empreendedorismo feminino de mulheres de baixa renda, que emocionam pelo exemplo de força e superação, e é considerável o impacto positivo nas famílias e comunidades carentes, contribuindo para um mundo mais inclusivo e equitativo.
Programas que oferecem capacitação, acompanhamento do negócio e acesso ao crédito são essenciais para esse público começar a empreender. O trabalho desenvolvido por instituições abre caminho para novas oportunidades e um começo ou recomeço de vida. Incentivar o empreendedorismo feminino é promover o desenvolvimento econômico do país, e cada uma dessas mulheres que vencem barreiras incentivam e inspiram outras a lutarem por seus sonhos.
Cláudia Albuquerque Lordão é Mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior e cerimonialista da UFC
Respostas de 3
Excelente e verdadeiro Artigo, abordando um tema bastante atual.
Muito ponderado esse artigo, onde a Cláudia relatou as possibilidades para quem quer empreender com sucesso.
muito bom a texto