“Depois de ser confrontado com a notícia de crime sexual que teria praticado, Datena agiu como psicopata, antissocial, sem ética, acima da lei, que pode praticar qualquer ato, porque arroga-se dono de vontades superiores aos demais”, aponta o jornalista Norton Lima Jr.
Confira:
A cadeirada do Datena no Marçal no debate da TV Cultura foi uma ação típica real e objetiva de dolo. E nenhuma vontade dolosa pode ser aceita como normal para não virar cena cotidiana.
A essência do dolo reside na intenção, na finalidade. Qual era a intenção? Qual a finalidade? Ninguém correrá perigo em agressões verbais, mas em agressões físicas sim. Além de lesionar, uma cadeirada pode sequelar ou até mesmo matar.
Não cabe abrir debate sobre a motivação da cadeirada, como fazem os inconscientes polarizados. Segundo o CP (Código Penal) o agente do dolo sempre responderá pelo resultado mais grave do ato doloso.
Depois de ser confrontado com a notícia de crime sexual que teria praticado, Datena agiu como psicopata, antissocial, sem ética, acima da lei, que pode praticar qualquer ato, porque arroga-se dono de vontades superiores aos demais.
Por muitas vezes uma conduta ilegal denuncia a outra. A mão que pega uma cadeira de ferro para rachar a cabeça de outra pessoa, acredita poder satisfazer todo tipo de vontade, desejo ou instinto.
A selvageria não pode virar prática, costume ou comportamento tolerável. Contra selvagens não devemos calar ou tergiversar. Não basta aparafusar cadeiras no chão, como fizeram no debate da Rede TV. É preciso dizer não.
A Consciência precisa avançar. Por razões ancestrais, nenhum pensamento inconsciente pode tornar-se ato objetivo.
Toda a subjetividade deve ser tolerada, mas a objetividade não, nunca, jamais.
Norton Lima Jr é jornalista