Na estreia do quadro “Diz aí”, o ex-governador e ex-secretário estadual Maia Junior avalia a situação da economia do Ceará.
Confira:
Economia do Ceará
A economia está viva, está em crescimento. A geração de emprego continua crescendo, avançando em taxas pequenas, mas é o retrato do país. Até por causa da pobreza, que exige um processo mais robusto de inclusão e uma maneira de crescimento maior.
Valor agregado
A economia do Ceará precisa de uma ruptura, porque é muito baixo o valor agregado. Apesar de termos avançado na diversificação, como a indústria de alimentos e com a vinda de alguns projetos importantes, a exemplo da siderúrgica e da melhora da infraestrutura – e isso foi muito importante para o Ceará -, ainda somos muito dependentes do investimento público. Empresas com baixíssimo valor agregado resulta em uma média salarial muito baixa.
Indústria têxtil
A principal indústria, quando o Ceará saiu de uma economia primária para uma economia industrial, há mais de 60 anos, ainda no governo Virgílio Távora, foi a têxtil. E, após seis décadas, não trouxe esses resultados esperados de transformação do povo do Ceará, através de sua economia.
Cadeia econômica
O Ceará precisa romper essas cadeias econômicas de baixo valor agregado. Começamos a fazer o rompimento com a transformação digital, com os cabos submarinos, o crescimento da instalação de data centers no Estado, o que tem proporcionado grandes avanços na questão da tecnologia e da inovação.
Hidrogênio verde
A transição energética foi iniciada ainda no governo Tasso, quando eu fui secretário da Infraestrutura, com as energias renováveis: eólica e solar. Esse conjunto, que agora se soma ao hidrogênio, pode fazer uma transformação grande no Ceará. Agora, isso exige paciência, quando vejo algumas críticas pela premência do imediatismo de alguns.