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“Singularidades dos dias que correm”

Barros Alves é jornalista e poeta

Eis alguns apontamentos do jornalista e poeta Barros Alves, sobre a conjuntura política atual

Confira:

1 – Depois de ler nas mídias notícias de que o senador/ministro Camilo Santana insiste em conceder à esposa um emprego vitalício a ser pago com os dinheiros dos nossos impostos, resolvo dar um tempo e estudar a História da Literatura Cearense. Mas, eis que logo deparo com catilinária do escritor Sílvio Júlio, citado por Dolor Bareira:

Ninguém até aqui soube compreender que é mais honroso o surgimento de um José de Alencar ou um Capistrano de Abreu do que a sublimação, A CUSTA DE PATIFARIAS ELEITORAIS E VIOLENTAS INTERVENÇÕES INDÉBITAS, DOS CHEFETES E ORDENANÇAS DA MAROTAGEM QUE AVILTA OS ALTOS CARGOS DO PODER. (História da Literatura Cearense, tomo 1, nota 3, pág. 18) Grifos meus.

2 – Parece que o resultado do pileque que abriu uma fenda na cabeça do pingunço-mor está a complicar a vida dele. Porém, pelo visto, no céu não tem como ele ingressar e no inferno o diabo anda preocupado, pois teme chegar por lá esse perigoso concorrente.

A situação me faz lembrar o clássico e famoso folheto de cordel intitulado A CHEGADA DE LAMPIÃO NO INFERNO, de autoria do poeta José Pacheco. Trata-se de uma leitura deliciosa! O famoso bandoleiro foi dar com os costados nas profundezas. Porém, fez tanto escarcéu que o diabo não o suportou. José Pacheco encerra a história, criativa e cheia de humor, com os seguintes versos:

Leitores vou terminar
Tratando de Lampião,
Muito embora que não posso
Vos dar a resolução,
no inferno não ficou,
no céu também não chegou,
por certo está no sertão.

Quem duvidar dessa história,
pensar que não foi assim,
querer zombar de meu sério
não acreditando em mim
vá comprar papel moderno,
escreva para o inferno,
mande saber de Caim.

Eu igualmente penso que o velho larápio não será aceito em cima nos céus nem embaixo nas profundezas dos infernos. Então…

O Lula não vai pro céu
Pois Deus não lhe dá perdão.
No inferno não o querem,
Lá já tem muito ladrão.
E nem será enterrado,
Vai virar mal assombrado
Nas quebradas do sertão.

Barros Alves é jornalista e poeta

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