“Os socialistas organizaram a sua capacidade beligerante e dialética em torno da luta de classes e do proletariado. Já os bacharéis elegeram os ritos e os sofismas jurídicos”, aponta o cientista político Paulo Elpídio de Menezes Neto. Confira:
A arrogância dos agentes do Estado tornou-se mais visível neste ano abominável de 2024. Mais, até, do que durante o Estado Novo e a Interventoria no Ceará. Mais do que aquele clube de generais que se fizeram presidentes do dia para a noite.
Agora, foi a vez dos civis, bacharéis de muitos “vade-mécuns”, criaturas de muitas relações e afinidades que zelam pela integridade da nossa conspícua democracia.
Os socialistas organizaram a sua capacidade beligerante e dialética em torno da luta de classes e do proletariado. Já os bacharéis elegeram os ritos e os sofismas jurídicos, esconderam-se sob os manejos expeditos dos quais extraem o seu entendimento sobre tudo ou quase tudo. E em cima desse acervo de saberes enciclopédicos, constroem a ordem e a justiça. E a democracia, posta heroicamente a salvo dos insurgentes de todo gênero que põem em risco o nosso futuro.
Não é formidável?
Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor, escritor e ex-reitor da UFC