“A literatura desenvolve o pensamento crítico e reflexivo, estimula a empatia e a compreensão entre diferentes grupos sociais”, aponta o jornalista e poeta Barros Alves
Confira:
A literatura sempre desempenhou papel fundamental na formação das comunidades, sociedades e das nações ao longo da história humana. Por intermédio da literatura preservamos a herança
cultural, o que significa registro e transmissão dos costumes, valores e tradições; enseja o respeito à diversidade cultural dos povos, ultrapassando modismos oportunistas ou engessamentos político-ideológicos; e, sobretudo, a literatura contribui para sedimentar a identidade de grupos humanos regionais ou nacionais.
Se isso não bastasse, lembre-se, por oportuno, que a literatura desenvolve o pensamento crítico e reflexivo, estimula a empatia e a compreensão entre diferentes grupos sociais, provocando abordagens de questões sociais, políticas, econômicas e ambientais. Sem esquecer dos benefícios psicológicos, contribuindo para o desenvolvimento emocional do leitor, ao explorar emoções, sentimentos e experiências humanas. Uma boa literatura, por vezes, oferece uma espécie de terapia catártica, produzindo alívio emocional e terapêutico. Por último, “last but no least”, a literatura proporciona um tão inestimável quanto necessário desenvolvimento linguístico, enriquecendo a linguagem, a comunicação, inspirando processos criativos inovadores, desenvolvendo habilidades analíticas e interpretativas.
O arrazoado precedente se fez presente para dizermos da nossa alegria em face de mais uma iniciativa literária da Academia Cedrense de Letras, por agora sob a presidência do médico e escritor Luiz de Moura Júnior, cuja liderança e espírito proativo, ensejou a continuidade do profícuo trabalho anteriormente realizado sob a presidência do poeta B. C. Neto, idealizador da Arcádia cedrense; e sob o comando do mestre João de Lemos, querido amigo que nos deixou órfão em agosto do ano passado, aos 98 anos de idade. Valendo lembrar que neste 11 de janeiro de 2025 será empossado na presidência da ACL, o médico e poeta Sávio Pinheiro, escritor de produção literária aplaudida pelo leitor e chancelada pela crítica.
A Academia Cedrense de Letras, um sodalício litero-artístico, não se junge apenas ao âmbito do beletrismo. É formada por nomes ilustres da nossa sociedade, que pontificam nas Letras e nas Artes (Música, Dança, Política, Economia, Religião, Artes Plásticas etc), com o fito de emprestarem o saber e a experiência adquirida nas suas áreas de conhecimento, em favor do povo cedrense. Este é o DNA impresso por todos os fundadores da Academia Cedrense de Letras, convidados pelo poeta B. C. Neto para as fileiras dessa sociedade literária que deseja e se empenha no desenvolvimento sóciocultural do município de Cedro, terra-berço que nos é tão cara.
De par com a posse da nova diretoria, neste sábado, dia 11 de janeiro de 2025, será lançada no Christus Campus do Parque Ecológico (Rua João Adolfo Gurgel, 133), uma Antologia contendo escorços biográficos de alguns patronos de cadeiras acadêmicas. Trata-se de obra basilar para a preservação da memória de personalidades importantes na formação sóciocultural de Cedro. Louve-se o trabalho da Comissão Organizadora da Coletânea, formada pelas acadêmicas Esmeraldina Bezerra e Betânia Moura, sob a presidência do poeta Sávio Pinheiro. O momento é de partida. Olhos postos no infinito.
Barros Alves é jornalista e poeta