Com o título “Associativismo e empreendedorismo feminino”, eis artigo deEdivaldo Nunes, presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (FAMPEC). “As mulheres desempenham um papel fundamental para a equidade de gênero e para resultados que beneficiam toda a sociedade. Entretanto, apenas 12% delas estão à frente de entidades do terceiro setor, como associações comerciais e federações”, expõe o aroticulista.
Confira:
União de forças para alcançar objetivos comuns. Uma definição simples, mas que carrega um significado complexo e importante na história do coletivismo em prol do bem comum de um grupo de pessoas que luta para defender seus interesses. O protagonismo feminino é destaque nesse modelo de cooperação, apesar de ainda requerer avanços.
Posso dizer que o conceito de associativismo remonta à antiguidade com exemplos em diversas culturas. Na pré-história já existiam registros de associativismo, a exemplo da caça coletiva com o mesmo objetivo – matar a fome. Já na Idade Média surgiram os primeiros sinais de associativismo relacionados à Igreja Católica, além de outras formadas por artesãos, produtores e jornalistas.
No século XX, foram criadas associações e coletividades voltadas para diversas áreas, entre as quais, a do empreendedorismo. A metodologia aplicada às empresas traz inúmeros benefícios como a ajuda na solução de problemas do mesmo ramo em que a organização atua, a redução de custos operacionais, o aprimoramento estratégias de vendas, além de promover a competitividade no mercado.
Mas quero chamar a atenção para um dado relevante em relação ao papel feminino no associativismo comercial e empresarial. As mulheres desempenham um papel fundamental para a equidade de gênero e para resultados que beneficiam toda a sociedade. Entretanto, apenas 12% delas estão à frente de entidades do terceiro setor, como associações comerciais e federações.
É fundamental que haja iniciativas para capacitar e preparar cada vez mais mulheres para ocupar cargos na diretoria executiva e na presidência das empresas e de cooperativas e associações. Uma dessas ações de fomento ao empreendedorismo feminino e ao associativos aconteceu em março, no Hotel Praia Centro, durante o EMAMPE Metropolitano Fortaleza – Encontro Metropolitano de Lideranças de Micro e Pequenas Empresas, que em sua programação incluiu a I Jornada de Mulheres Empreendedoras de Fortaleza.
O evento reuniu mais de 300 empreendedores, líderes, autoridades locais e nacionais e teve como foco mostrar as habilidades e competências femininas, fortalecendo a representação das mulheres do setor produtivo e contribuindo para o crescimento do empreendedorismo feminino tanto no Brasil quanto em outras nações.
*Edivaldo Nunes,
Presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (FAMPEC).