“A OAB-CE tem se mostrado um pai ausente para advogadas e advogados cearenses. Pior, muitas vezes um pai morto sem ter deixado de herança um exemplo de vida a ser seguido”, aponta o advogado Fábio Timbó.
Confira:
Não é à toa o Dia do Advogado e da Advogada cair no Dia dos Pais, neste 11 de agosto. Pelo menos para uma reflexão sobre o papel que deveria desempenhar a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Ceará, a nossa OAB-CE.
Ser pai não é somente garantir a proteção de sua família, mas também orientar, proporcionar condições de crescimento profissional, além de pulso firme na garantia dos direitos e cobrança dos deveres dos seus.
E é nesse contexto que a OAB-CE tem se mostrado um pai ausente para advogadas e advogados cearenses. Pior, muitas vezes um pai morto sem ter deixado de herança um exemplo de vida a ser seguido.
Esse é o sentimento de advogadas e advogados cearenses que não acreditam no suporte da Ordem na garantia do bom desempenho da advocacia, quando casos eclodem de desrespeito no cumprimento de suas atividades, assédios contra advogadas, aumento do preconceito a criminalistas, indiferença para com os iniciantes, descaso ao debate por audiências públicas, além de um total desamparo às perspectivas de mercado, quando muitos colegas têm deixado a advocacia por outras áreas na busca de sobrevivência.
Que a coincidência das duas datas nos sirva de horizonte para que a advocacia cearense se reencontre em seus tempos áureos, quando a advogada e o advogado se sentiam seguros, diante do amparo da OAB-CE, seja no pulso firme à garantia dos direitos ou à cobrança dos deveres dos seus.
Fábio Timbó é advogado e ex-diretor de Divisão do Departamento Judiciário Cível do Tribunal de Justiça do Ceará, ex-presidente e conselheiro da ARCE, ex-secretário geral adjunto e corregedor da OAB/CE
