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“Do erro epistemológico”

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor e escritor, além de ex-reitor da UFC

Deleterious Valente, o filósofo do Meireles, aprontou, como era de esperar, na tentativa de entender o que as alguns intérpretes do Brasil escrevem sobre esse paíS. Brilhantes explicações e conjecturas saíram no passado das entranhas da teoria da dependência de FHC, quando era um intelectual a soldo, como os que vivem do próprio pensamento.

Deleterious segredou-me que está empenhado na elaboração de uma teoria sobre o “erro epistemológico”.

Diante da minha perplexidade, fez-se indulgente ao explicar-me a chave desta proposição.

Clareou as minhas dúvidas com método e tolerância:

“ — Tudo o que se faz no Brasil não dá certo da primeira vez; às vezes, DO ERRO EPISTEMOLÓGICO

Deleterious Valente, o filósofo do Meireles, aprontou, como era de esperar, na tentativa de entender o que as alguns intérpretes do Brasil escrevem sobre esse país. Brilhantes explicações e conjecturas saíram no passado das entranhas da teoria da dependência de FHC, quando era um intelectual a soldo, como os que vivem do próprio pensamento.

Deleterious segredou-me que está empenhado na elaboração de uma teoria sobre o “erro epistemológico”.

Diante da minha perplexidade, fez-se indulgente ao explicar-me a chave desta proposição.

Clareou as minhas dúvidas com método e tolerância:

“ — Tudo o que se faz no Brasil não dá certo da primeira vez; às vezes, nem na segunda tentativa. Por fim, após insistente peleja, o acerto vem por acaso, por obra de um desacerto. Entenda-se: para que alcancemos o “certo”, precisamos errar com persistência. Afinal, como dizem os cientistas, o certo nasce do erro. Nunca se viu o erro sair do certo…”

E prosseguiu, alheio ao meu olhar parvo de quem não seguia o seu magnífico raciocino lógico:

“ — Por exemplo, você pede um café quente, ele vem frio. Na terceira vez, ele torna ao balcão, requentado. Pede um táxi de urgência, ouve a informação de que em cinco minutos estará à sua frente. Ele chegará 45 minutos depois, ‘por causa do trânsito’. O bombeiro avisou que chegaria cedinho por volta das 6 da manhã: chegará impreterivelmente no final da tarde, não encontrou a correia, encomendou mas o funcionário esqueceu de registrar o pedido…”

“ — Chamei esse elaborado processo decisional de ‘erro epistemológico’, explicou-me Deleterious, pois, de verdade, o erro torna-se o agente direto do acerto finalmente alcançado, por força de seguidas tentativas”.

Convenci-me do vigor lógico do pensamento de Deleterious. Tornei-me, por essas águas revoltas, um assertivo aplicador de erros bem sucedidos. nem na segunda tentativa. Por fim, após insistente peleja, o acerto vem por acaso, por obra de um desacerto. Entenda-se: para que alcancemos o “certo”, precisamos errar com persistência. Afinal, como dizem os cientistas, o certo nasce do erro. Nunca se viu o erro sair do certo…”

E prosseguiu, alheio ao meu olhar parvo de quem não seguia o seu magnífico raciocino lógico:

“ — Por exemplo, você pede um café quente, ele vem frio. Na terceira vez, ele torna ao balcão, requentado. Pede um táxi de urgência, ouve a informação de que em cinco minutos estará à sua frente. Ele chegará 45 minutos depois, ’por causa do trânsito”. O bombeiro avisou que chegaria cedinho por volta das 6 da manhã: chegará impreterivelmente no final da tarde, não encontrou a correia, encomendou mas o funcionário esqueceu de registrar o pedido…”

“ — Chamei esse elaborado processo decisional de “erro epistemológico”, explicou-me Deleterious, pois, de verdade, o erro torna-se o agente direto do acerto finalmente alcançado, por força de seguidas tentativas”.

Convenci-me do vigor lógico do pensamento de Deleterious. Tornei-me, por essas águas revoltas, um assertivo aplicador de erros bem sucedidos.

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor, escritor e ex-reitor da UFC

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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