“O bom é ter senso e não cair nas ilusões supersticiosas”, aponta o jornalista Nonato Albuquerque
Confira:
Faxina para receber o ano novo. Dê uma vassourada na tristeza; uma espanada na preguiça. Limpeza nas frestas da alma que estiverem tomadas de alguma teia sombria. Que o ano novo derrame luz sobre as boas ideias que foram esquecidas e que ficaram lá num cantinho aguardando uma chance.
Na faxina para aguardar o ano novo, nada de branco – por conveniência -, nem dourado, pra dar trela à ganância. Uma vasculhada nas gavetas do pensamento, retirado os equívocos que ficaram arquivados e que, a cada pressão da vida, eles vão tentar se rebelar e por os dentes à mostra.
Nada de lentilhas para encher a barriga; nem sementes de uva para guardar na carteira. Nem saltar sete ondas, que a gente, trapezista do circo Terra, já faz isso todos os dias.
O bom é ter senso e não cair nas ilusões supersticiosas que há milhares de séculos carregamos de forma impensada. Que venha o novo ano! Que o velho se vá. Está na hora. E que se viva o novo, como se fosse o primeiro dos últimos que ainda desejamos tê-los.
*Nonato Albuquerque
Jornalista, radialista, palestrante e acima de tudo um homem de fé,