Com o título “Governo de Donald Trump e o Desespero da Esquerda Globalista”, eis artigo de João Arruda, socíólogo e professor aposentado da Universidade Federal do Ceará. “Para Trump, não existe meio-termo. Ou persistimos no atual modelo neocolonialista de governança global, que mina a soberania dos Estados nacionais e destrói os seus valores secularmente consolidados, ou abraçamos uma abordagem centrada no fortalecimento do Estado-nação, na preservação da identidade nacional e no desenvolvimento soberano, longe das amarras equivocadas da agenda globalista”, expõe o articulista.
Confira:
Em artigo publicado neste prestigiadoo Blog do Eliomar no dia 19 de novembro, logo após a retumbante vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, vaticinei que sua eleição poderia ser entendida como o marco inicial de uma irreversível “revolução mundial conservadora”, com impacto profundo sobre os países do Hemisfério Ocidental.
Hoje, após uma análise minuciosa de seu discurso de posse e da assinatura de dezenas de Ordens Executivas, minha convicção foi reforçada. Percebo agora que sua revolução conservadora é ainda mais abrangente do que inicialmente supus. Essa certeza tornou-se ainda mais robusta quando Trump declarou que sua eleição representava um momento de ruptura, uma quebra definitiva do status quo mundial, caracterizando “uma bifurcação da civilização”. É importante lembrar que sua campanha foi centrada na crítica à globalização e no icônico slogan nacionalista: “Make America Great Again” (“Tornar a América Grande Novamente”).
A metáfora da bifurcação é cristalina, implicando uma escolha entre dois caminhos distintos e antagônicos. Para Trump, não existe meio-termo. Ou persistimos no atual modelo neocolonialista de governança global, que mina a soberania dos Estados nacionais e destrói os seus valores secularmente consolidados, ou abraçamos uma abordagem centrada no fortalecimento do Estado-nação, na preservação da identidade nacional e no desenvolvimento soberano, longe das amarras equivocadas da agenda globalista.
E essa compreensão foi reafirmada pelo presidente Trump, de forma categórica, às lideranças do movimento globalista, durante o seu pronunciamento, feito de forma online, no Fórum Econômico Mundial, na última quinta-feira, 23, em Davos, na Suíça.
Não podemos esquecer que, antes mesmo da sua eleição, o presidente já vinha afirmado que faria uma guerra permanente ao sistema globalista e aos seus aliados. Dando materialização a esse compromisso, já no seu primeiro dia de governo, ele anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e da Organização Mundial de Saúde, e assinou uma Ordem Executiva proibindo o financiamento das ONGs globalistas pelo governo americano e outra proibindo todas as formas de censura, comprometendo-se a combatê-las em todo o Hemisfério Ocidental.
Para o desespero da esquerda globalista, Trump decretou a morte da agenda ambientalista e do identitarismo woke, afirmando que eles não encontrariam espaço durante o seu governo. Nessa mesma direção, garantiu que iria proteger as famílias americanas, criminalizando a ideologia de gênero nas escolas, pois “só reconhece a existência de dois gêneros humanos: o homem e a mulher”.
Completando seu combate às pautas idiotizadas impostas pelos globalistas, Trump denunciou, de forma irônica, a insanidade da agenda DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) e comprometeu-se a restaurar os princípios da meritocracia em seu país. Para ele, a imposição de tais diretrizes representa um ataque direto à eficiência e a racionalidade empresarial.
Sua postura, ainda no início da sua gestão, não deixa a menor dúvida: estamos diante de um movimento histórico que redefine os alicerces políticos e culturais do Hemisfério Ocidental.
Como já era esperado, essa ferrenha oposição ao globalismo e a guerra que começou a travar contra a cultura woke e a ideologia de gênero ecoaram com muita intensidade em todo o planeta. A grande mídia carcomida e a esquerda globalista entraram em pânico, anunciando a chegada do apocalipse. Emocionalmente descontrolados, gritavam, acenavam e rodopiavam como verdadeiros zumbis. Essa histeria dos inconsequentes lacradores denunciava que eles foram contaminados pelo vírus da “Síndrome de Transtorno de Trump- STP”.
Tendo em vista essa nova movimentação liderada por Trump e a aceitação popular com os rumos dos últimos acontecimentos, estamos bastante otimistas com o porvir. Particularmente, não tenho dúvida de que o seu discurso de posse e as suas primeiras medidas como presidente são provas inequívocas de que estamos testemunhando uma profunda mudança paradigmática. Tenho convicção de que esta não é apenas uma administração ou gestão passageira, mas sim uma revolução em curso, cuja força está desafiando a hegemonia globalista e reestabelecendo as bases para uma nova ordem mundial, centrada na soberania nacional, nos valores tradicionais e no desenvolvimento social inclusivo, livre dos condicionamentos irracionais de uma agenda anticientífica e pautada por falsos pressupostos.
*João Arruda
Sociólogo e professor aposentado da Universidade Federal do Ceará.
Respostas de 4
Análise correta e providencial que certamente ecoará positivamente nos ouvidos de bom senso; mas, por outo lado, como soe naturalmente ocorrer, será um aguilhão nos tímpanos de uma esquerda dogmática, medíocre, desinformada e, em consequência, destrambelhada.
Parabéns professor João Arruda.
E também ao Barros Alves.
Ótima reflexão!
Grande Eliomar.
Tem todo meio respeito, excelente profissional da imprensa cearense.