Categorias: Artigo

“Habilidades do Autista na Tecnologia: uma janela de oportunidades e inclusão” – Por Neurismar Araújo

Neurismar Araújo é psicopedagoga. Foto: Divulgação

Com o título “Habilidades do Autista na Tecnologia: uma janela de oportunidades e inclusão”, eis artigo de Neurismar Araújo, neuropsicopedagoga da Faculdade Ibec. “Estudos apontam que pessoas com TEA podem demonstrar habilidades excepcionais em lógica, programação, análise de dados, reconhecimento de padrões e atenção aos detalhes. Temple Grandin, uma das vozes mais conhecidas dentro do espectro, destaca que o cérebro autista “pensa em detalhes”, o que pode ser uma vantagem em tarefas técnicas”, expõe a articulista.

Confira

Vivemos em uma era digital que transformou profundamente as formas de comunicação, aprendizado e trabalho. Nesse contexto, destaca-se um grupo com habilidades muitas vezes subestimadas, mas com potencial para o universo tecnológico: as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Longe dos estigmas históricos, é essencial reconhecer as competências singulares que muitos autistas apresentam, especialmente nas áreas de tecnologia.

Estudos apontam que pessoas com TEA podem demonstrar habilidades excepcionais em lógica, programação, análise de dados, reconhecimento de padrões e atenção aos detalhes. Temple Grandin, uma das vozes mais conhecidas dentro do espectro, destaca que o cérebro autista “pensa em detalhes”, o que pode ser uma vantagem em tarefas técnicas.

Além disso, a tecnologia, por sua natureza estruturada e previsível, é um ambiente confortável para muitos autistas. Plataformas digitais e softwares interativos funcionam como ferramentas que facilitam a comunicação, aprendizagem e socialização.

Do ponto de vista legal, a Lei nº 12.764/2012, conhecida como Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA, garante o direito à educação, ao trabalho e à inclusão social, reconhecendo o autista como pessoa com deficiência para efeitos legais. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015) avança ao promover a igualdade de oportunidades, eliminando barreiras no acesso à tecnologia e ao mercado de trabalho.

Apesar dos avanços legais, ainda é fundamental combater o preconceito e a desinformação. Muitas empresas continuam despreparadas para acolher e integrar profissionais neurodivergentes, enquanto o acesso à formação técnica permanece limitado para muitos jovens com TEA.

É essencial que a sociedade, as instituições educacionais e o mercado de trabalho ampliem suas perspectivas, criando ambientes mais inclusivos e fomentando programas de empregabilidade.

Essas ações concretas têm o potencial de transformar talentos invisíveis em protagonistas da inovação.

*Neurismar Araújo

Neuropsicopedagoga da Faculdade Inbec

Email: psicopedagoga@inbec.edu.br

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Esse website utiliza cookies.

Leia mais