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“José e João”

Totonho Laprovítera é arquiteto e escritor. Foto: Reprodução

Com o título “José e João”, eis crônica de Totonho Laprovítera, arquiteto, escritor e artista plástico. Ele relembra uma dupla da área empresarial cearense que, em vida, marcou pela amizade, mesmo atuando em setor de concorrência empresarial.

Confira:

Para melhor cuidar dos homens, Deus criou a amizade.

Tive o privilégio de conhecer pessoalmente dois grandes líderes classistas do Estado do Ceará: os saudosos José Leite Martins e João Luiz Ramalho.

Desde os anos 1960, José Leite Martins presidiu a União das Classes Produtoras do Ceará, a Federação Varejista, Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), Sistema Fecomércio-CE, Sindicato e do Conselho Regional de Representantes Comerciais. Foi vice-presidente da Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará (Facic), e do Conselho Federal dos Representantes Comerciais, no Rio de Janeiro.

José Leite Martins é um capítulo importante da história sindical dos comerciantes do Ceará, especialmente por sua atuação no Senac. Ele liderou a expansão das ações do Sistema Fecomércio para o interior do Estado e aumentou a oferta de cursos de capacitação em diversas atividades.

José Leite Martins morava na esquina das ruas Tibúrcio Cavalcanti e São Francisco, hoje Desembargador Leite Albuquerque, no Bairro Aldeota. Éramos vizinhos e lembro bem dele, com a esposa dona Elita, e os filhos Clécio, Tébio e Gláucia.

João Luiz Ramalho de Oliveira presidiu o Sesc Ceará, sendo dele a iniciativa de interiorizar as ações da entidade e começar projetos na área de educação. Por trinta anos foi presidente da Federação do Comércio Atacadista do Ceará.

Mas quero mesmo contar é sobre uma simples cena que presenciei em um avião, no momento do desembarque em Fortaleza. Os amigos João e José, já no adiantado da idade, ajudavam-se mutuamente a vestir o paletó. Esse episódio ficou marcado em minha memória como exemplo de afeto entre amigos verdadeiros, produtivos e abnegados às causas associativas.

Como é bom viver, sobretudo quando se tem bons amigos. A convivência com pessoas queridas nos proporciona experiências e aprendizados enriquecedores à nossa existência. Amigos nos apoiam nos momentos difíceis e festejam conosco as conquistas, tornando a vida da gente mais leve e prazerosa.

Arrodear-se de bons amigos nos faz perceber que, apesar das pelejas e incertezas, a vida nos oferece crescimento e felicidade. Com a amizade nunca estaremos sozinhos, pois haverá sempre alguém disposto a nos apoiar e compartilhar nosso desafio. No mais, quando me perguntam como consigo ter tantos amigos, respondo: é porque eu os aceito com suas virtudes e seus defeitos.

*Totonho Laprovítera

Arquiteto, escritor e artista plástico.

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