O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, decretou, nessa segunda-feira a falência da Editora Três, responsável pelas revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro. Segundo a decisão, a administradora judicial responsável pelo caso informou falha no pagamento de créditos trabalhistas, credores quirografários e despesas correntes. Também mencionou falta de pagamento dos salários dos empregados atuais.
Só ao primeiro grupo de credores, constituído por 532 trabalhadores que receberam parte ou nada do que lhes era devido, a dívida é de R$ 20,6 milhões.
O grupo, que além da editora conta com outras cinco empresas, estava em seu segundo processo de recuperação judicial, aceito pela Justiça em 2021. O pedido havia se baseado na queda de arrecadação publicitária devido à crise da Covid-19 e nas dificuldades de acesso ao crédito. Também foi argumentada a perda de espaço das mídias impressas para as digitais.
No primeiro pedido, aceito em 2007, a Editora Três alegou fragilidade na saúde financeira em decorrência da restrição de créditos, da crescente carga tributária e da falta de infraestrutura para competir no mercado editorial.
(Consultor Jurídico)