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Justiça do Trabalho cearense é a que mais realiza audiências presenciais no País

Durval Maia é o presidente do TRT do Ceará. Foto: Divulgação

‍ O TRT do Ceará (7ª Região), de todos os 24 tribunais regionais do trabalho (TRTs) do Brasil, é o que mais realizou audiências presenciais em 2023. Do total de 56.831 audiências realizadas nas 37 varas do trabalho no Ceará, 51.026 (89,79%) foram presenciais e apenas 5.805 (10,21%) por videoconferência. O número foi destacado pela ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Dora Maria da Costa, corregedora-geral da Justiça do Trabalho, durante a apresentação, em sessão extraordinária do Pleno, nessa terça-feira, do relatório da correição realizada ao longo desta semana no TRT/CE.

“A audiência presencial é nossa característica, nossa cara. O Tribunal está de parabéns porque mostra ser possível o convencimento dos colegas magistrados e dos advogados”, afirmou a corregedora, acrescentando retornar a Brasília satisfeita diante do balanço positivo, ao confirmar que o TRT/CE tem seguido as normas e orientações do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). A unidade que mais realizou audiências presenciais (1.524 de um total de 1.534) foi a 1ª Vara do Trabalho de Maracanaú, que tem à frente a juíza Rossana Tália Modesto Gomes Sampaio e, como auxiliar fixa a juíza substituta Ana Caroline Bento Maciel Freitas, alcançando 99,35%.

Avanço tecnológico

O relatório da Corregedoria-Geral frisa que, sem ignorar as vantagens trazidas pelo avanço tecnológico, é notório que o País ainda carece de infraestrutura tecnológica e que o acesso à Internet no Estado ainda é precário, de modo que o uso “desmedido e irracional” das tecnologias disponíveis no âmbito do Judiciário pode gerar para muitos cidadãos (partes ou testemunhas nos processos) verdadeiro obstáculo ao exercício do direito constitucional de acesso à justiça.

O documento da Corregedoria também aponta que os problemas de conexão à internet, aliados às dificuldades com o manuseio das ferramentas tecnológicas, acabam por alargar o tempo médio para realização das audiências, com inclusão de menor número de processos em pauta pelos juízes, enquanto de forma presencial os magistrados exercem sua função “mais próximos da realidade social, vivenciando cenário mais realista em torno dos jurisdicionados e proporcionando um tratamento mais justo e acolhedor”.

Execução e Produtividade

Durante a apresentação do relatório, também foi destacado o desempenho do TRT/CE na fase executória. Trata-se da etapa processual em que são adotadas medidas judiciais para garantir o cumprimento das decisões (sentenças proferidas pelos juízes nas Varas e acórdãos proferidos nos recursos analisados por desembargadores, no TRT, e pelos ministros do TST quando a parte condenada deixa de pagar espontaneamente os valores devidos.

A Corregedoria-Geral apontou que o TRT/CE conseguiu, nos últimos dois anos, alcançar produtividade superior a 100%, com significativa redução do número de processos (estoque ou acervo) na etapa de execução. Em 2022, a produtividade chegou a 160,06%, ocupando o TRT/CE a primeira posição no ranking dos tribunais trabalhistas de mesmo porte e no ranking nacional. Além disso, verificou-se que o prazo médio de duração da fase de execução (do início até o arquivamento do processo), apurada no final de maio de 2024, estava abaixo da média dos demais tribunais de igual porte, “fruto desse bom desempenho e do elevado percentual de sentenças líquidas” – aquelas que são produzidas já acompanhadas dos cálculos detalhados dos valores objeto das condenações.

A ministra Dora Maria da Costa elogiou também o trabalho desempenhado por essas unidades, pela Escola Judicial e pela Coordenadoria de Precatórios, Requisitórios e Cálculos Judiciais. O presidente do TRT/CE, desembargador Durval César de Vasconcelos Maia, agradeceu as contribuições ofertadas pela equipe da Corregedoria-Geral, o empenho dos diversos setores do Tribunal para o atendimento das demandas da Corregedoria e o clima de harmonia e coesão existente entre os magistrados.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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