As cafeterias abraçaram os clubes de leitura, desde que a pandemia permitiu os encontros presenciais. A Chacra, a Bleecker Café e outras receberam o Leituras Paralelas, que hoje está com vinte participantes. Mais de quarenta títulos foram lidos e discutidos pelo grupo lotado, com fila de espera. “Os encontros acontecem, geralmente, uma vez por mês. No entanto, podem acontecer duas edições também. O Leituras Paralelas surgiu no ano da pandemia e se fortaleceu com os encontros presenciais”, explica Mirna Frota, que integra o clube desde o início e, agora, o coordena, em parceria com Renato Braz.
A escolha dos títulos acontece por votação dos membros. “Escolhemos aos poucos, de forma bem variada, por nacionalidade do autor e também por gênero. Os moderadores do grupo sugerem e todo mundo vota. Por exemplo, já fizemos a leitura de escritores russos ou latinos e abordamos gêneros de ficção científica, romance e outros. Promovemos escritores cearenses também. Lemos um livro da Tércia Montenegro e outro do escritor Lúcio Flávio Gondim, como também já trouxemos Stenio Gardel”, explica a moderadora. A próxima leitura será Salvar o Fogo, do premiado Itamar Vieira Júnior.
O apoio das cafeterias é fundamental para que os encontros aconteçam. A Bleecker chegou a criar vários grupos, como o de leitura, de cinema e filosofia. “A Bleecker Café é uma cafeteira fundada em 2018, que tem a cultura e a boa comida como seus carros-chefe. Com o objetivo de reunir amantes da literatura, foi fundado o Leituras Paralelas (@leituras_paralelas), em janeiro de 2020, que, rapidamente, cresceu, reunindo vários adeptos. O Clube logo ganhou a estrada e passou a ser itinerante”, diz Klayton Ximenes, proprietário da Bleecker Café.
Vida longa aos clubes de leitura e que as cafeterias abraçem cada vez mais a literatura, pois essa combinação é perfeitinha <3
DICA DE LEITURA
Nayara Felizardo, jornalista premiada do Intercept Brasil, indica duas leituras.
Seguem as dicas:
Um dos livros mais importantes da literatura africana do século XX, O Mundo se Despedaça conta a história do guerreiro Okonkwo, da etnia ibo, estabelecida no sudeste da Nigéria. Okonkwo, um dos principais opositores dos missionários brancos, precisa encarar a desintegração da vida tribal e de tudo o que conhecia até então.
Publicado originalmente em 1958, dois anos antes da independência da Nigéria, o romance de estreia de Chinua Achebe foi traduzido para mais de quarenta idiomas e consolidou o autor como um dos mais notáveis de sua geração. (Resumo da obra extraído da internet)
Neste livro arrebatador, O Nascimento de Joicy, a jornalista Fabiana Moraes conta a história da transexual Joicy, ex-agricultora que procura o serviço público de saúde para adequar seu corpo masculino ao feminino que deseja para si. A obra também mostra os bastidores da reportagem, vencedora do Prêmio Esso, e expõe a complicada relação com sua personagem, além de apresentar um ensaio no qual defende um jornalismo mais subjetivo. (Resumo da obra extraído da internet)
Respostas de 2
Uma salva de palmas aos clubes de literatura, em especial aos de Fortaleza!
O hábito da leitura ajuda a nos desligar das redes sociais e diminui a ansiedade, melhorando nossa qualidade de vida! Estar no
Leituras Paralelas preserva não só a boa rotina da leitura, como também bons amigos! Muito feliz com a Matéria, obrigado!
Muito obrigada pela matéria. Ficou linda, Mirelle.
Foi um prazer poder compartilhar um pouco da nossa história.