“Não fizeram a análise do ‘corpo de prova’ para demolição — estudo especializado, que subsidia intervenções não só em edifícios, mas em minas, barragens, represas”, aponta o jornalista Norton Lima Jr. Confira:
Demolir exige muito estudo. Tudo exige planejamento e não existe plano sem estudo. Não é só chegar com a marreta e com conhecimento picareta embolsar mais de 2 milhões de reais.
Estava conversando com meus universitários curitibanos sobre o caso edifício São Pedro. Pasmem. Não fizeram a análise do “corpo de prova” para demolição — estudo especializado, que subsidia intervenções não só em edifícios, mas em minas, barragens, represas.
Devem existir uns três laboratórios homologados no Brasil para esse serviço. Cobram a análise por andar. Custa entre 100 a 150 mil por andar analisado.
No caso do São Pedro, seis andares, entre 600 e 900 mil ou mais um pouco. Não é caro, porque o laudo técnico aumentará as chances de sucesso e eximirá de responsabilidade civil a etapa da demolição.
Mais caro seria o Ministério Público em cima, botando pra moer e quebrar na irresponsabilidade geral — em caso de eventuais acidentes e danos e mortes etc.
Mas é aquela história do besta querendo enganar o sabido:
— Ei cearense. Sabe trocar pneu de nave espacial que vai pra lua?
— Çei.
— Pois você é um jênio, porque não existe lua.
— E tu vai querer me convencer que existe pneu em nave espacial?
— Devolve meu dinheiro!
— Eu não. Tu me contratou. Pode trazer a nave espacial. Já encomendei o pneu. E demora chegar, porque vem de Marte.
Norton Lima Jr. é jornalista
