“O sincericídio e os “malucos” das próximas 72 horas” – Por Luiz Henrique Campos

Os "malucos" nada beleza de Bolsonaro. Foto: Reprodução

Com o título “O sincericídio e os “malucos” das próximas 72 horas”, eis a coluna “Fora ds 4 Linhas”, assinada pelo jornalista Luiz Henrique Campos. “Sob a liderança de um mito, acreditaram, se humilharam, brigaram com familiares e amigos, e até hoje pagam pelos micos que cometeram, achando que lutam por uma causa”, expõe o colunista.

Confira:

Durante mais de 70 dias após as eleições de 2022 que elegeram o presidente Lula para o seu terceiro mandato à presidência da república, milhares de pessoas acamparam em frente aos quarteis pelo país, pedindo que as Forças Armadas intervissem e evitassem a posse do eleito, propondo intervenção militar. No afã de conseguir esse intento, produziram cenas hilárias históricas, como fazer continência para pneus, rezar para discos voadores e marchar com a bíblia na mão.

Esses representantes de uma parcela grande da população, acreditaram até o dia 8 de janeiro de 2023, quando os acampamentos foram desfeitos, que as próximas 72 horas seriam decisivas em relação ao pedido em forma de clamor aos militares. Mas bastava dedicar uma rápida atenção aquelas pessoas e seus gestos desmedidos, para compreender que poderiam perfeitamente se enquadrar na condição de malucos, que são aqueles a sofrer de distúrbios mentais ou a proceder como um alienado mental sem o ser.

O tempo poderia ter estancado esse desvario, mas nem isso, pois muitos daqueles ainda insistem nessa ideia. O importante a destacar nesse período recente da história do Brasil, é que esses celerados foram alimentados por um discurso que os manteve presos a perspectiva de poder que não era deles. Sob a liderança de um mito, acreditaram, se humilharam, brigaram com familiares e amigos, e até hoje pagam pelos micos que cometeram, achando que lutam por uma causa.

Como resposta a isso, o mito a ser seguido, simplesmente agora os chama de malucos, como forma de livrar sua pele de uma condenação à prisão. Mito esse, é bom que se diga, que incentivou por meses agressões e ofensas contra ministros do STF e quando chega na frente do seu principal algoz na Corte Suprema, pede desculpas a ele sem a menor vergonha, na expectativa de vir a receber pena mais branda. Diante de tudo isso, como ficam os “malucos” que se apresentaram ao mundo passando vergonha e acabando com suas trajetórias de vida? Simples, vão entrar para a história como mero “malucos”, e da forma como são cegos, é bem capaz de aceitaram resignados a essa condição lhe imposta pelo mito que juraram defender.

*Luiz Henrique Campos

Jornalista e titular da coluna “Fora das 4 Linhas”, do Blogdoeliomar.

Luiz Henrique Campos: Formado em jornalismo com especialização em Teoria da Comunicação e da Imagem, ambas pela UFC, trabalhei por mais de 25 anos em redação de jornais, tendo passando por O POVO e Diário do Nordeste, nas editorias de Cidade, Cotidiano, Reportagens Especiais, Politica e Opinião.

Ver comentários (1)

  • Mas bastava dedicar uma rápida atenção aquelas pessoas e seus gestos desmedidos, para compreender que poderiam perfeitamente se enquadrar na condição de malucos, que são aqueles a sofrer de distúrbios mentais ou a proceder como um alienado mental sem o ser.....
    Foi o Sr. que os enquadrou na condição de MALUCOS.
    E rapidamente segundo suas palavras.

    ...aceitaram resignados a essa condição lhe imposta pelo mito que juraram defender.

    Alguns acreditam piamente na alma mais honesta do mundo.

    Mas todos os atos de depredação precisam ser punidos pois repetiram o que sempre aconteceu no Brasil de forma impune.

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