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Precisamos evitar que facções tenham capital de giro, diz Gonet

Paulo Gonet é o procurador-geral da República. Foto: PGR

A ação do crime organizado em diversas frentes é uma realidade inegável, mas o Estado brasileiro não pode permitir esse tipo de intrusão em seu território. Assim, cabe às autoridades investir em atividades de inteligência para detectar operações criminosas no setor financeiro e impedir a expansão das facções.

Essa foi a análise feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em entrevista à série Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito, em que a revista eletrônica Consultor Jurídico ouve alguns dos nomes mais importantes do Direito, da política e do empresariado sobre as questões mais relevantes da atualidade.

“A melhor forma de conter o crescimento dessas organizações criminosas é evitando que elas possam ter capital de giro, que elas possam ter recursos para a corrupção, recursos para financiar os pequenos soldados que atuem em favor desses grandes criminosos. É preciso, enfim, gerar um desestímulo para que essas atividades tenham continuidade”, disse Gonet.

O procurador-geral da República destaca que, para o Estado de Direito, o mais importante é garantir a dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais previstos pela Constituição. Nesse sentido, segundo ele, o Estado cumpre um papel de “vetor do bem”, algo diametralmente oposto àquilo que é praticado pelas facções.

“As organizações criminosas visam ao lucro, ao exercício da força, ao exercício de pulsões primitivas, com nenhum conteúdo civilizatório. Elas, enfim, são voltadas para o mal, mesmo quando abarcam certas porções territoriais e aparentemente produzem um serviço favorável para uma pequena comunidade. Esse é um serviço que vai custar muito mais caro do que a mensalidade que é cobrada e exigida dos habitantes da localidade”, disse Gonet. (Com site Consultor Jurídico)

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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